Está marcado para sábado, às 13h30, o julgamento da reclamação ajuizada pelo Grêmio contra o River Plate. O tricolor pede que o Tribunal Disciplinar da Conmebol reverta o resultado da partida em que foi eliminado da Libertadores, por conta da participação do técnico Marcelo Gallardo, que estava suspenso.

Em entrevista coletiva, concedida na manhã desta quinta-feira, o presidente Romildo Bolzan e os advogados do clube falaram sobre a ação. O dirigente iniciou afirmando que a causa não tem relação com o VAR e o primeiro gol do time argentino, marcado com a mão, mas, apenas com a situação do treinador rival. “O que está em jogo é a moralidade do futebol, a honra e a dignidade do campeonato e da Conmebol. ”

A defesa do Grêmio se apoia nos pontos 1 e 3 do artigo 19 do regulamento disciplinar da Conmebol, que fala sobre a determinação de resultado por responsabilidade ou omissão de uma das equipes. Veja o que diz o texto.

1 – Sem prejuízo de outras sanções que possam ser impostas, qualquer
equipe por cuja responsabilidade se determine o resultado de uma partida,
será considerada como perdedora desse jogo por 3-0. Se o resultado real for
menos favorável para o clube ou associação responsável, esse resultado será
mantido.

3- No caso de escalação indevida de um jogador será aplicado o disposto
nos parágrafos 1 e 2 do presente artigo unicamente se a equipe contrária
interpuser uma reclamação oficial no prazo de vinte e quatro (24) horas
uma vez finalizado o jogo, salvo que aquela tenha sido produzida porque
o jogador em questão descumpriu uma sanção disciplinar regulamentar,
decisão ou ordem dos órgãos judiciais. Neste caso, a Unidade Disciplinar
iniciará o procedimento de ofício.

 

O presidente Romildo afirmou estar bastante seguro da causa apresentada. “Não estou dizendo à torcida que estamos garantido, mas temos uma excelente causa. Qualquer decisão diferente do que estamos pedindo, é construção jurídica, é raciocínio, é tese”, defendeu o dirigente.

O tricolor afirma ter provas da participação direta do técnico Gallardo no jogo, como o momento em que o treinador se comunica por rádio e, logo após, o atacante Scocco é chamado do banco de reservas. Em campo, foi o ex-jogador do Inter quem chutou a bola que resultou no pênalti, com a mão de Bressan.

Além do material elaborado pelo Grêmio, a diretoria conta com o relato do delegado do jogo. Ele afirma que após a entrada de Gallardo no vestiário do River, durante o intervalo, representantes da Conmebol tentaram entrar no vestiário e foram barrados por seguranças do clube argentino. O treinador saiu após orientar a equipe durante 15 minutos.

Confira a entrevista:

 

Foto: Grêmio/ Divulgação

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