Davi Alcolumbre, do Democratas do Amapá, é o presidente do Senado Federal, eleito para os próximos dois anos. Ele foi o vencedor de uma eleição que passou por uma disputa no Supremo Tribunal Federal, teve que ser realizada duas vezes, já que na primeira foi registrado um voto a mais que o total de senadores e ainda teve a desistência de seu principal rival na disputa, o emedebista Renan Calheiros.

A eleição para a presidência do Senado Federal iniciou ainda na sexta-feira (01), com a polêmica sobre a forma de votação. A maioria dos senadores defendia que o processo fosse realizado com voto aberto e nominal. Outra polêmica envolvia o nome de Alcolumbre, que não confirmava se seria candidato e estava presidindo o processo eleitoral.

Ele estava exercendo a função pelo fato de ser o único integrante da mesa diretora que permaneceu no Senado. Quanto à forma de votação, o voto aberto venceu a disputa por 50 votos contra dois. Após muita polêmica, a sessão foi encerrada e o processo ficou marcado para hoje, com  José Maranhão (MDB-PB), o mais antigo da casa, na presidência da mesa.

Na madrugada de sábado, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, determinou o voto secreto. A nova sessão iniciou às 11h. Foram apresentadas nove candidaturas: Alvaro Dias (Podemos-PR), Ângelo Coronel (PSD-BA), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Esperidião Amin (SC), Fernando Collor (Pros-AL), Major Olímpio (PSL-SP), Renan Calheiros (MDB-AL),  Reguffe (sem partido-DF) e Simone Tebet (MDB-MS). Álvaro Dias, Major Olímpio e Simone Tebet retiraram suas candidaturas.

Após a votação dos 81 senadores, 80 cédulas estavam em envelopes e duas estavam soltas. Com um voto a mais que o quórum, foi decidido que um novo processo seria iniciado. Durante a segunda votação, Renan Calheiros afirmou que a eleição não era democrática e retirou a sua candidatura, o que gerou uma nova discussão sobre a continuidade do processo ou início de uma nova votação.

A mesa decidiu por manter a processo já iniciado e deu sequência a eleição que terminou com 42 votos para o novo presidente da casa. Quatro senadores não votaram, entre eles, Renan Calheiros.

Davi Alcolumbre iniciou a sua carreira política no PDT, tendo assumido vereador de Macapá (AP), em 2001. Dois anos mais tarde, foi eleito deputado federal pelo Amapá, função que exerceu por dois mandatos. Em 2014, venceu a disputa com Gilvan Borges, candidato apoiado por José Sarney para o Senado.

 

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

 

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