Aos que sonham com ferroadas no bolso

A Lei Eleitoral deveria incluir uma exigência: para obter registro na Justiça, cada candidato deveria demonstrar que conhece a Lei de Laffer. Ela apregoa que, a partir de certo nível, o aumento das alíquotas dos impostos reduz a receita, porque prejudica a produção e os agentes se refugiam na economia subterrânea.

Proposta viável e necessária

Segue válida a proposta de criação do PC (Partido do Contribuinte) feita por Gustavo Krause, ministro da Fazenda do governo Itamar Franco. Reuniria trabalhadores, empresários, verdes, amarelos, pretos e brancos. Seria um superpartido para defender o bolso dos que hoje pagam tributos ao Tesouro.

Para pôr um freio

O Partido do Contribuinte estaria ao lado dos que são vítimas da gastança desmesurada dos governos. Teria fiscais de boca de caixa, dia e noite, revezando-se em turnos de oito horas, para controlar a saída de cada real.

O estatuto incluiria o artigo: “Será expulso do paraíso político e pagará a conta com o suor da cabeça, tronco e membros aquele que propuser um jeito de gastar dinheiro público sem indicar quem paga a conta.”

Quase tudo igual

Muitos dos que assistem os espaços eleitorais na TV reclamam que as propagandas dos candidatos são muito parecidas. Chico Santa Rita, consultor de marketing político, orienta, fazendo uma comparação que poucos assimilaram: “Os programas não podem ser como roupas prontas para vestir, encontradas em lojas. É traje feito por alfaiate e sob medida.”

Recurso

Impossibilitados de ter contato pessoal com eleitores, como gostariam, as campanhas têm mudanças. Uma delas é o uso da profissão junto ao nome como cartão de visitas. Doutor, Delegado, da Ambulância, Taxista, Enfermeiro e outras identificações tornaram-se constantes.

Sem disputas

Dos mais de 5 mil e 500 municípios no país, 117 têm apenas um candidato a prefeito. Em 2 mil e 70, a disputa será entre dois candidatos.

Verba garantida

O Tribunal Superior Eleitoral conta este ano com 1 bilhão e 200 milhões de reais para custear da organização até o anúncio dos vencedores.

Deu no jornal

Em recado ao Supremo Tribunal Federal, o presidente Bolsonaro diz que vacina “não é questão de Justiça, é questão de saúde”.

Debate único no mundo, que se inscreve na série Coisas Nossas, Muito Nossas.

Encalhou

Em 1987, o governo Sarney criou uma secretaria especial para privatizar estatais deficitárias. Não andou.

Em um ano e dez meses do governo Bolsonaro, o plano também não saiu do lugar. A resistência de corporações torna a Secretaria de Desestatização, do Ministério da Economia, um órgão inoperante. Tanto que o empresário Salim Mattar entregou o comando em agosto deste ano.

Fica demonstrada, com raras exceções, a ineficiência do poder público em construir, via estatais, uma sociedade razoavelmente eficiente.

Erro

O dinheiro gasto para tapar rombo de dezenas de empresas estatais deveria se destinar à execução de planos em áreas de carência social.

Preços exorbitantes

O deputado federal Alceu Moreira defendeu ontem a necessidade urgente de regular a praticagem, que consiste em manobrar navios para que atraquem de forma segura nos portos brasileiros. Com dados, Moreira comprova que os valores cobrados são os mais caros do mundo. Foi o motivo que o levou a protocolar projeto na Câmara que pretende disciplinar os valores.

Imposição

Acrescenta Moreira: “Hoje, a praticagem cobra o que quer, não há meios de negociação. Não tem nenhuma regulação externa. Quando um navio chega ao porto, temos que esperar pelos caprichos desse pessoal. São custos que não deveríamos ter. São 643 práticos em todo o país e alguns ganham 300 mil reais por mês.”

Abrir o mercado para competitividade e segurança é o caminho.

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