Conclusão triste, mas vem de quem dedica a vida a cuidar dos bichos. Ontem no programa Cruzando as Conversas, a discussão foi sobre os atos de covardia contra os animais, desde cães e gatos de rua ou de estimação até cavalos e bois.

Participaram a deputada estadual Regina Becker, que tem uma longa militância em defesa da causa animal, Daniel Martins, promotor do Ministério Público especializado no tema, o vereador e deputado estadual eleito Rodrigo Maroni, outro conhecido defensor dos animais, a advogada e criadora da ONG Adoção RS, Luana Michels e o coordenador de programas da prefeitura de Canoas, Alex Szeckir, responsável pelas políticas de bem estar animal no município.

Todos foram unânimes em condenar a hipocrisia da sociedade que adora seus animais até que eles começam a dar trabalho demais e acabam abandonados ou destratados pelos próprios donos; os adoradores de vaquejadas e rodeios que maltratam cavalos e o gado; os que veem maldades acontecendo contra os animais e nada fazem, entre tantas outras demonstrações de indiferença.

Mas foi a impunidade e a falta de políticas públicas concretas que concentraram as críticas. Todos foram unânimes ao reconhecer que a lei é totalmente leniente com quem pratica atos de crueldade contra os animais. Quando há responsabilização, acaba no máximo em pagamento de cestas básicas. Ninguém vai para a cadeia, por mais bárbaro que seja o flagrante.

É fundamental que se estabeleça uma legislação rigorosa que imponha a estados e municípios a obrigação de aplicar políticas públicas eficientes que não só coíbam os atos de selvageria contra os bichos como atuem em questões de saúde pública como a proliferação de animais de rua. E que levem os administradores públicos a serem responsabilizados pela não aplicação das leis.

 

 

 

 

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