O debate que começou lá em 2017 com a aprovação da chamada Reforma Trabalhista ainda vai longe. Bolsonaro extinguiu o Ministério do Trabalho e pulverizou muitas de suas atribuições em três pastas de seu governo. Este gesto acirrou o discurso dos que vaticinam o fim da justiça do trabalho e preveem trevas sobre as relações empregado x empregador.

A intensidade deste embate ficou evidente no programa Cruzando as Conversas desta segunda-feira 21/01. De um lado, a presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 4ª. Região, Carolina Gralha, e o advogado e professor de direito trabalhista Guilherme Wünch. De outro, os liberais Carlos Molinari, advogado e ex-presidente do Partido Novo, e o empresário e doutor em administração Camilo Bórnia.

Os primeiros sustentam que, a manter-se a tendência de desregulamentação nas relações de trabalho, o empregado ficará cada vez mais fragilizado diante das imposições dos patrões para ter produtividade e lucratividade conforme as exigências do mercado. O outro lado defende que a liberdade de negociação permite tanto ao empregador quanto ao empregado condições de estabelecer vínculos sólidos, livres das amarras de taxas,contribuições e ameaças de processos, o que poderia reverter em ganhos reais de salário em vez de descontos obrigatórios.

O impasse de opiniões reflete o terreno nebuloso que temos pela frente, com um país em reconstrução depois do corrosivo processo de depuração das instituições que começou com as ações da Lava Jato e culminou com a eleição de Jair Bolsonaro. Assista à gravação do programa no www. rdctv.com.br, tire sua conclusão e organize seus argumentos. O debate vai continuar por muito tempo.

 

 

 

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