Cenário qualificado
O programa Cruzando as Conversas, da RDC TV, comprovou mais uma vez ser um grande fórum sobre temas de interesse público. Ontem à noite, o apresentador Guilherme Macalossi, a consultora Ana Paula Megiolaro e o jornalista Tomás Adam entrevistaram o jurista e professor Miguel Reale Júnior. Foi um dos autores do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, encaminhado a 15 de outubro de 2015.
Parâmetro para expor ideias
Reale deu uma aula de elegância política. Sem levantar voz ou ficar irado, criticou duramente o governo federal. Definindo o presidente Jair Bolsonaro como “uma pessoa de reações inusitadas”, acrescentou ter dúvida sobre até quando irá a nova linha de paz e amor.
O que destrói
Disse ainda que o PT não soube enfrentar as denúncias a partir de 2005, tendo cometido erro ao não reconhecer a culpa de seus líderes. Acrescentou que o PSDB, com as acusações contra José Serra e Geraldo Alckmin seguem o mesmo caminho. Sobre esses episódios, citou as duas formas de acabar com a Democracia: os fuzis e a corrupção.
Giro do poder
Sobre o quadro sucessório, acredita que está chegando a vez do DEM. O fortalecimento do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, ajuda a que Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, surja como forte candidato ao Palácio do Planalto.
Boa iniciativa
A Controladoria-Geral da União comunicou, recentemente, que o Rio Grande do Sul mostra-se precário na transparência das obras públicas. Tentando brecar o descalabro, o deputado estadual Tenente Coronel Zucco apresentou projeto criando o Sistema de Controle, que está pronto para ser votado em plenário. Obrigará a disponibilização total de dados das obras públicas, data do início e do fim, cronograma de execução, fotos e valor pago. Quer dizer, exigirá clareza e responsabilidade, permitindo que a população acompanhe.
Pergunta do ano
As contas não fecham, o déficit fiscal piora, a paralisação de amplos setores da Economia assusta e o desemprego representa desperdício de recursos da sociedade. Quem terá a capacidade de virar a chave e fazer o motor girar de novo?
Reino da ineficiência
“Reformas dividem partidos aliados. Antes mesmo de se iniciarem as votações, o governo federal dá sinais de erosão em sua base parlamentar.” A notícia parece ser desta semana, mas ocupou amplos espaços nos jornais em julho de 1995. Portanto, o que acontece agora nada mais é do que a continuidade de uma novela intitulada O Desejo de Não Mudar. Há 25 anos, evidencia-se caso singular de opção pelo atraso.
Os de sempre
Países desenvolvidos não utilizam tributos que incidem sobre todas as etapas do processo produtivo e do consumo, como a CPMF que o governo federal quer recriar. Os assalariados, principalmente os de baixa renda, vão sofrer mais com esse tributo.
Correu na frente
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, anunciou ontem que votará contra a criação do novo imposto. Rejeita o haraquiri quando se aproximam as eleições em que buscará novo mandato.
Poder de resumir
O Diário do Comércio, de Belo Horizonte, publicou texto para entrar no arquivo: “Pode-se fazer analogia do sistema tributário brasileiro a uma casa que foi construída por muitos anos e por vários proprietários. Essa é a casa grande, mas tem vários puxadinhos, cômodos estranhos, revestimentos com gostos específicos, pequenas reformas, além de sérios problemas na parte elétrica e hidráulica. Para completar, esta casa estranha e cheia de problemas ainda não está pronta.”
É uma das melhores sínteses que o colunista já leu sobre o assunto.
Medidas de equilíbrio
Em Alegrete, todos os estabelecimentos comerciais fecham à 21h30min de hoje e só reabrirão às 6h de segunda-feira. Em Itaqui, há toque diário de recolher às 20h e retomada às 6h da manhã.
Antes que tudo acabe
A Associação Comercial de São Paulo lidera campanha nacional. Afirma que “os decretos de fechamento precisam ser revistos e a abertura autorizada com urgência, baseando-se nas normas vigentes para os demais setores, que se mostraram suficientes e eficientes para atividades que já operam. Não se trata só de uma questão de isonomia, mas para evitar que uma epidemia burocrática leve à morte mais centenas de micros e pequenas empresas, com todas as consequências econômicas e sociais”.
Nada mudou
Às vésperas de nova campanha, a maioria dos partidos se mostra corroída pelo fisiologismo. Mais ainda com o reforço dos 2 bilhões de reais do Fundo Eleitoral. Dinheiro dos contribuintes de impostos que se transforma em captador de votos.
O que precisa ser entendido
Nas Faculdades de Direito, professores ensinam: “A Justiça nem sempre pode atender ao que a opinião pública tem por assentado. Se fizesse, os tribunais seriam desnecessários porque a opinião pública seria suficiente para decidir.
Acontece de tudo
Estelionatários estão usando sites falsos de leilões de veículos para aplicar golpes e ficar com o dinheiro das vítimas. Os espertinhos se utilizam de nomes de leiloeiros credenciados e chegam onde querem. O site detran.rs.gov.br orienta como evitar prejuízos.
No desespero
A economia dos Estados Unidos sofreu contração recorde de 32,9 por cento no segundo trimestre deste ano, conforme dados divulgados ontem pelo escritório de estatísticas do Departamento do Trabalho. Motivo para Donald Trump, que desprezou a pandemia no começo, querer agora adiar a eleição presidencial de 3 de novembro. Seu primeiro choque tinha sido aparecer atrás do democrata Joe Biden nas pesquisas.
