Fernando Henrique Cardoso ressurge, defendendo a validade da prévia do PSDB e a candidatura de João Doria. A repercussão será um teste à sua capacidade de ainda influir.

Não dá certo

Na busca de vices para chapas nas eleições majoritárias, dirigentes partidários precisam recorrer ao malabarismo e encontrar soluções compatíveis. Os eleitores percebem com nitidez imediata as tentativas de misturar água e azeite.

Giro de 180 graus

O jornalista Sebastião Nery, observador atento, a 16 de maio de 2006 criticou a timidez de Geraldo Alckmin:

“Há dois meses, o PSDB lançou a candidatura e até agora ele continua calado. Em 60 dias, não fez uma frase. É o silêncio mais desafiante da história das campanhas políticas do País. Sai por aí, estado por estado, mas não diz nada, não fala nada, não deixa uma frase. Ninguém sabe o que esse tucano calado pensa e quer.”

Consta que, ao se oferecer como vice de Lula, prometeu mudar.

Quase sempre assim

Parece cedo, mas assessorias de candidatos começam a examinar pesquisas para formulação de estratégias que serão usadas nos debates em TVs. Muito esforço para resultados reduzidos. No horário em que acontecem, grande parte da população está dormindo. No dia seguinte, funciona o “ouvi dizer que…”

Faltou a bússola

Sérgio Moro perdeu-se na busca de espaço político. Líderes do União Brasil, ao qual se filiou depois da passagem relâmpago pelo Podemos, fulminaram: “Chegou ao partido agora e quer mostrar os caminhos a quem já tem quilômetros de estrada.”

Grande risco

O editorial do Jornal do Dia, de Aracaju, publicado sexta-feira passada, resumiu o problema:

“Ao carregar a vida inteira na palma da mão, desde as fotos pessoais até as contas bancárias, os usuários de smartphone entraram na mira dos salafrários. Assim, em ambiente virtual, todo o cuidado com a proteção dos próprios dados é pouco. Além de ambiente muito atrativo para o comércio de bens e serviços, além de configurar uma grande arena pública e funcionar como um grande balcão de ideias, a rede mundial de computadores é também um espaço de convivência frequentado por todo tipo de gente – criminosos incluídos.

Futuro comprometido

Há um silêncio inexplicável diante da constatação de que cai muito a qualidade do ensino após dois anos sem aulas. Antes da pandemia, chegavam à quinta série sem habilidade para entender textos simples ou de fazer as quatro operações. A tragédia não se restringe aos colégios públicos, mas se estende aos particulares. O Brasil tropeça nas medidas para assegurar qualidade no ensino e garantir a formação profissional digna.

O que deve ser captado

O hábito de jogar apenas às escolas a responsabilidade de despertar o interesse por conteúdos está equivocado. Nos países desenvolvidos, pais se envolvem. Em casa, indagam, participam e incentivam os filhos. Representa meio caminho andado.

Roteiro para fazer vítimas

Payton S. Gendron, o jovem de 18 anos que assassinou 10 pessoas em um supermercado da cidade de Buffalo, no sábado, “planejava continuar matando “, declarou o comissário de polícia local, Joseph Gramaglia.

Desde criança, passava muitas horas do dia nos jogos de vídeo em que o corriqueiro é matar ou morrer. Quando chegam à adolescência e mesmo à adulta não sabem discernir a ficção da realidade. Vira tragédia.

Troca o papel

O governo da Venezuela esquece o passado de expropriações e hostilidades com o setor privado, que Hugo Chavez ergueu como bandeira do socialismo bolivariano. Precisando de dinheiro, pôs ontem à venda ações de duas empresas públicas que lideram o setor de telecomunicações, tentando salvar a Economia  quebrada.

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