Abriu-se ontem e irá até 1º de abril o prazo para parlamentares mudarem de partido sem correr o risco de perder o mandato. Na legislatura passada, 117 deputados federais trocaram de camiseta sem constrangimentos.

Vão saltando 

A revoada de parlamentares compõe um capítulo da novela Coisas Nossas, Muito Nossas. Nos Estados Unidos, o Partido Democrata surgiu em 1828 e o Republicano em 1854. Permanecem até hoje e o carrossel de trocas não existe. Cada um tem profundo comprometimento com o programa partidário e dele não abre mão. Quanto ao nosso cenário…

O que falta 

Partidos políticos, em democracias consolidadas, precisam ter identidade. Não podem ser de um jeito de dia, de outro jeito à noite e assumir uma terceira configuração na manhã seguinte.

 Não saem do zero

Mais de 5 mil candidatos não receberam nem um voto sequer nas eleições para as Câmaras Municipais em 2020, segundo dados oficiais. Registraram-se por vaidade e nem votaram em si. A tendência é que o número aumente este ano. Os que concorrem às Assembleias Legislativas e à Câmara dos Deputados são menos conhecidos nas comunidades do que os pretendentes às vagas de vereador.

Atos de um demente

As imagens dos que fogem, atendendo à ameaça de Putin, não levam malas, apenas mochilas. Novecentos mil ucranianos  amedrontados buscam a fronteira e um futuro incerto. Expulsos do país que amam, deixam parentes, casas, patrimônio que construíram com trabalho e não sabem se voltarão. Caminham por estradas que, a qualquer momento, podem ser atingidas por aviões russos.

Até que ponto irá a paciência

O poder econômico, usando sua força, leva muitos políticos a governarem. O mesmo poder destitui. É o que deverá acontecer com Vladimir Putin. Seu amigo, o empresário Alexei Mordashov, que lidera a lista dos milionários russos, tem investimentos que vão desde a maior operadora de turismo na Europa ao Banco Rossiya. Seus negócios incluem uma siderúrgica e uma mineradora da Rússia, que exportam para mais de 50 países. Entrou na lista das empresas com dinheiro bloqueado.

Prejuízo gigantesco

Mordashov tem os bens de luxo que nenhum bilionário abdica, entre eles um avião, além de um iate que custou 500 milhões de dólares. Será um estúpido se permitir que o ex-espião da polícia secreta continue atrapalhando seus lucros porque tem o desejo incontido de constar na história como restaurador da extinta União Soviética.

Consequências pesadas

Se o conflito não terminar logo, haverá impacto nas prateleiras dos supermercados e nos postos de gasolina, com elevação dos preços dos alimentos e dos combustíveis. São os itens que pesam muito no bolso dos brasileiros e que estão no cerne do crescimento da inflação desde o início da pandemia.

Fatos inesperados

A derrota para o Mirassol e a eliminação da Copa do Brasil tira o presidente Romildo Bolzan da corrida ao governo do Estado. A direção do PDT tinha certeza de que deixaria a presidência do Grêmio no dia 31 deste mês, porque as pesquisas até janeiro eram favoráveis. Acrescente-se a reação vigorosa de Bolzan, após o ataque ao ônibus que chegava ao Estádio Beira Rio, que desagradou a torcida do Internacional. O plano agora é dar a volta por cima, levando o clube novamente à Série A. Depois, planejará a candidatura à Prefeitura de Porto Alegre.

Há chance de acontecer

Uma ala, diante do recuo de Bolzan, cogita conversar com José Ivo Sartori, oferecendo apoio do PDT para que concorra ao Palácio Piratini, tendo Vieira da Cunha como vice.

Moto contínuo

O episódio entrou no folclore político: os que se excedem no tempo, durante discursos na tribuna dos Legislativos, são penalizados com redução no pronunciamento seguinte. Certa vez, diante de reclamação, um deputado estadual justificou: “Colega, eu só falo quando estou pensando”. A resposta: “É chato, porque Vossa Excelência não para de pensar…”.

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