Desgaste

Ao discutir sobre o número de mortos pela pandemia e o horário de liberação dos boletins, o governo federal criou mais uma crise. Era evidente que não poderia ganhar.

Zona de risco

No Ministério da Fazenda, a pergunta não sai da pauta diária: por quanto tempo o País terá condições de financiar a imobilidade, sem que o empobrecimento coletivo promova, mais que um retrocesso, uma situação incontrolável de instabilidade?

Sem reação

É estranho o silêncio do presidente Bolsonaro após ataques de Olavo de Carvalho, seu guru. Dos Estados Unidos, ameaçou destituir o governo.

Água na fogueira

Ao afirmar que “é necessária uma trégua entre os poderes”, o  ministro Dias Toffoli assume o verdadeiro papel de moderador que cabe ao presidente do Supremo Tribunal Federal.

É a chance

Parcela da população condena a forma de escolha dos ministros do Supremo Tribunal Federal. A nomeação é feita por vontade exclusiva do presidente da República, o que não deixa de caracterizar um ato imperial. A aprovação do Senado, como consta da Constituição, tornou-se mera formalidade.

O período de recesso forçado deveria ser aproveitado pelos congressistas para encaminhar a votação de modificações no processo. Deixando passar a oportunidade, vão comprovar o desinteresse pelo assunto.

Não podem adiar

Prefeitos municipais, a quem a população em dificuldades recorre, precisarão redigir às pressas uma espécie de manual da sobrevivência. Indústrias com a produção em baixa, lojas fechando e funcionários desempregados é o cenário que persistirá, enquanto não descobrirem a vacina.

Impasse

O Ministério Público Eleitoral vestiu o jaleco para fazer uma previsão médica: é possível manter as datas das eleições municipais de outubro. Ofício com o conteúdo chegou ao Congresso Nacional, que prefere ouvir o Ministério da Saúde.

Para constranger

O presidente Jair Bolsonaro disse ontem que aceita aumentar o valor do auxílio emergencial pago a trabalhadores informais se deputados federais e senadores cortarem nos próprios salários.

Nove entre cada dez jornalistas de Brasília acreditam que cairá uma nuvem de silêncio sobre assunto.

Socorro

O governo do Estado pagou terça-feira os salários pendentes da folha de abril aos servidores do Poder Executivo. Isso foi possível com o ingresso da primeira parcela, no valor de 486 milhões e 300 mil reais, relativa ao suporte federal destinado à recomposição de perdas de arrecadação.

A pergunta passa a ser: o que ocorrerá quando o governo federal completar o repasse da terceira parcela?

Jogo do poder

Surgem frequentes indagações sobre as causas de desastres na gestão pública. Uma delas, agora abrandada, foi por muito tempo o clientelismo político. Parentes e amigos de parlamentares descontentes eram guindados à administração direta, às autarquias, a diretorias de poderosas sociedades de economia mista. Assim, os governantes satisfaziam pretensões de detentores de mandatos eleitorais. Na hipótese de contrariedade, sabiam como dar o troco.

O toma lá dá cá vergonhoso tornou-se norma em nome da promoção do bem comum e da salvaguarda do interesse coletivo…

Com atraso

Levantamento da Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Eduardo Loureiro, mostra que, dos 55 municípios sem acesso pavimentado no Rio Grande do Sul, as obras estão paralisadas em 40 deles. Dos 1 mil e 27 quilômetros, apenas 216 foram asfaltados, restando 780 quilômetros no aguardo. A maioria das cidades, isoladas pela dificuldade de acesso pavimentado, estão localizadas na Metade Norte.

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