Em busca de outras fórmulas
Assessores de marketing que vão atuar em várias cidades do Estado trocaram informações ontem e chegaram a conclusões:
1ª) com os efeitos da pandemia, será mais difícil do que nunca despertar a atenção durante a campanha deste ano.
2ª) Os que praticarem a política com as tradicionais armas de guerra vão se dar mal.
3ª) Os eleitores não vão se interessar por discursos, exigindo soluções e projetos coerentes que deem respostas a seus problemas e medos.
Sugestão
O encontro de assessores terminou com um dos participantes citando o diplomata e ex-parlamentar espanhol José Maria Robles Fraga:
“Os políticos que hoje têm êxito são os que encontram soluções e não trazem mais problemas além dos que já existem.”
Não é pouco
A hipótese de prolongar por dois dias a coleta de votos no 1º turno, evitando filas e riscos de contágio, acrescentaria custos não previstos no orçamento do Tribunal Superior Eleitoral. Um deles seria a alimentação de 1 milhão e 800 mil mesários em todo o país no valor que pode chegar a 180 milhões de reais.
Flagelo sem limites
A pandemia vai passar e deixará sequelas. Uma delas será a corrupção, que encontra campo fértil durante a compra de equipamentos e instalação de hospitais de campanha para tratar dos enfermos. As Polícias Civil e Federal investigam contratos que somam quase 1 bilhão e 500 milhões de reais em todo o país.
O tratamento para punir ladrões do dinheiro público não poderá parar.
Diferença
O governo dos Estados Unidos, que não registra casos de corrupção, injetará 1 trilhão de dólares em infraestrutura, após a pandemia. Estarão na lista investimentos em rodovias, tecnologia 5G e banda larga em áreas rurais. As principais Bolsas de Valores do mundo refletem a decisão com índices positivos.
Controle difícil
Completam-se hoje três meses desde o começo do isolamento social na maioria das cidades gaúchas. As imagens colhidas ontem em várias regiões do Estado demonstram que parcela da população chegou ao limite e deixa suas casas de qualquer maneira.
Contraste
As prioridades neste momento são a votação da reforma tributária e a participação firme do setor privado na retomada da Economia.
A posição foi assumida ontem pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Nem os repórteres, que acompanham o dia a dia do ministro Paulo Guedes, conseguem explicar o silêncio que adotou.
Distanciamento
Para fazer a roda da Economia girar novamente, é preciso um animador com credibilidade na vitrine do governo. O ministro Guedes, despreza o seu potencial. Não deixa de configurar uma assustadora tranquilidade.
Deu no site
“Apoiadores de Bolsonaro são alvos de operação da Polícia Federal contra atos antidemocráticos.” Por enquanto, a lei vale para todos.
Reconhecimento
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso começará a receber ligações e mensagens de apoiadores e adversários políticos, amanhã cedo, para cumprimentá-lo pelos 89 anos. O sociólogo entra na história por ter conduzido o Plano Real, que derrubou a inflação, o imposto mais alto e cruel que a classe operária pode pagar.
Ponto inicial
Junho é um mês muito significativo para os profissionais da área da Comunicação. A 1º de junho de 1808, foi publicado em Londres o primeiro jornal brasileiro. A legislação colonial proibia seu editor, Hipólito José da Costa, de exercer a atividade aqui. Exemplares circulavam de forma clandestina em nosso país.
Vem de longe
O rei Dom João VI tinha chegado em fevereiro de 1808 ao Brasil. Em setembro do mesmo ano, lançou a Gazeta do Rio de Janeiro, que dava conhecimento dos atos oficiais e da versão do Palácio Imperial sobre os fatos. Foi o divisor de águas. De um lado, os veículos que sempre elogiam o poder. De outro, os que exercem a liberdade de criticar e de expressar opiniões de diferentes segmentos da população.
Portanto, os conflitos do atual governo federal com veículos de comunicação têm 212 anos de História.