Na sequência dos acontecimentos, perderam todos:

1º) Começou pelo Supremo Tribunal Federal que sepultou a Operação Lava Jato, a maior operação anticorrupção da história do país. Repetiu-se com o ministro Alexandre Moraes assumindo funções que são da Polícia e do Ministério Público.

2º) Seguiu com o presidente Jair Bolsonaro, fomentando conflitos com abrangência sem precedentes. Anunciar que decisões judiciais não serão respeitadas põe em risco a estabilidade institucional.

3º) O Congresso Nacional se omite de forma imperdoável, quando deveria exercer a missão de poder moderador. A decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de suspender as sessões plenárias de ontem e hoje são lamentáveis.

       4º) Com o foco na briga política, os oportunistas aproveitarão para aumentar os preços, pressionando o índice da inflação. O mercado financeiro também reage com a elevação da cotação do dólar e os reflexos bastante danosos e conhecidos.

Quem paga a conta

O País precisa de conciliação, custe o que custar. A guerra política entre os poderes, no andar de cima, não resolverá os problemas da nação. A população, no andar de baixo, quer condições para a retomada da Economia. Sonha com o desenvolvimento e a realização. Se os argumentos não são suficientes para revisão da rota, o ingresso em zona de forte turbulência se tornará inevitável.

Não foi por meio de conflitos que o Brasil ganhou a grandeza que tem.

É o que se espera

Durante o pronunciamento de ontem, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, abriu a porta, referindo-se à possibilidade de “pacificar e revigorar uma nação inteira”.

Tarefa fundamental

Em meio à crise, o vice-presidente Hamilton Mourão tornou-se o pino de segurança.

Provocação

O presidenciável Ciro Gomes interpreta a posição recuada do PT e põe tempero forte na salada: “Lula não tem interesse no impeachment de Bolsonaro. Prefere ter o atual chefe do Executivo como adversário nas eleições do próximo ano.”

Chamas altas

Dá para se imaginar o que serão os debates na TV com a presença de Bolsonaro e Lula. O mediador deverá ter ao seu lado um bom estoque de extintores de incêndio.

Retrato sem retoques

A 9 de setembro de 2001, o jornal o Estado de São Paulo publicou na primeira página:

“Durante quase duas décadas, governos estaduais usaram arbitrariamente a arrecadação para todo tipo de jogadas, do financiamento de campanhas eleitorais a despesas sem receita, passando pela desonestidade da transferência de recursos públicos para patrimônios privados. Gastar mais do que o arrecadado era norma, mandando a conta para gerações futuras.”

Rombos incessantes

Na busca de esclarecimentos, O Estado de São Paulo pediu ao Tesouro Nacional que atualizasse a conta do déficit: chegou a R$ 242 bilhões, mais do que a União arrecadou em 2000.

Passaram-se 20 anos desde que o rombo chegou ao conhecimento público. Alguns Estados tomaram iniciativas para equilibrar as contas, mas nenhum se livrou das dificuldades. Seguem navegando com as velas danificadas.

Esquenta as turbinas

 O senador Alessandro Vieira, de Sergipe, está cotado no Cidadania, para concorrer à Presidência da República. Sua participação na CPI da Pandemia tem lhe dado projeção. Detalhe: nasceu em Passo Fundo e com três anos foi com a família morar em Aracaju.

Pouco aplicado

No próximo sábado, serão assinalados 31 anos do Código de Defesa do Consumidor. Surgiu para estabelecer princípios básicos como proteção da vida, da saúde, da segurança e da educação. O desconhecimento de grande parte dos 119 artigos faz com que inescrupulosos passem por cima. Portanto, existe ainda um longo caminho para ser percorrido.

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