O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, lúcido e independente, apontou ontem: 1º) o Brasil mexe nos preços dos combustíveis mais rapidamente do que outros países; 2º) nunca houve tantos choques de inflação em período tão curto com as altas nos alimentos, na energia elétrica e nos combustíveis.

Para os demais administradores públicos, devem ser temas de menor importância. Mais importante é a briga entre os poderes…

 

      Sinal de alerta

A Pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central junto a mais de 100 instituições financeiras e consultorias, divulgada segunda-feira, reduziu a taxa esperada para o aumento do Produto Interno Bruto deste ano para 5,04 por cento. Há um mês era de 5,28 por cento.

O temor de aumento da inflação faz com que muitos apostem que a taxa básica de juros atinja 8 por cento. Hoje, está em 5,25 por cento. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária será no dia 22 deste mês.

 

     Números estão na mesa

O governador Eduardo Leite entregou ontem, na Assembleia Legislativa, o orçamento do Estado para 2022. A previsão de receitas é de 50 bilhões e 100 milhões de reais. As despesas atingirão 53 bilhões e 300 milhões com déficit orçamentário de 3 bilhões e 200 milhões. O projeto prevê a retomada de investimentos em valores 74 por cento maiores do que previsto para 2021.

Agora, começará a análise dos deputados estaduais para posterior votação.

 

     Haverá reduções

O orçamento do próximo ano assegura o fim do ciclo de alíquotas majoradas de ICMS de combustíveis, energia, comunicações, que cairão de 30 para 25 por cento. Também haverá redução da alíquota modal, de 17,5 por cento em 2021 para 17 por cento em 2022, após seis anos de vigência.

O cenário de recuperação da arrecadação, as medidas de contenção de gastos, o resultado das reformas e as privatizações criaram as condições para que a transição se concretize.

 

       Pânico

O pagamento da dívida do Estado de Minas Gerais com a União tem sido motivo de  reuniões constantes entre os chefes dos três poderes. A intimação do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, é esta:  a não adesão ao Regime de Recuperação Fiscal resultará na obrigação de  pagamento de 26 bilhões de reais em parcela única.

 

       Base se amplia

De Minas Gerais, outra notícia: a bancada do PSDB apoiará o governador Leite na prévia que escolherá o candidato à Presidência da República. Portanto, a tradicional política do café com leite não ocorrerá. O governador João Doria, de São Paulo, perdeu prestígio que acreditava ter.

        Vem de longe

       A 15 de setembro de 1996, foi anunciada a venda de duas empresas brasileiras de extração de madeira na Amazônia para grupos da Malásia e da China. Os investidores pretendiam expandir a área de agricultura. Ambientalistas denunciaram que os compradores devastaram florestas em seus países e outros 20. Não adiantou.

       Falta conhecer mais

As queimadas, há muitas décadas, fazem parte do cenário, abrindo espaços para plantar e aumentar a área de pecuária. A verdadeira situação ainda é desconhecida. Ao mesmo tempo, não há responsabilização dos criminosos. Trata-se de um terra sem lei. O diagnóstico indispensável só será possível com o mapeamento para controle das extensas áreas.

        Virou bandeira

       As denúncias sobre o que ocorre hoje na Amazônia envolvem também exploração política, querendo atribuir toda a culpa ao governo federal. Isentam os Estados que deveriam ser os primeiros interessados.

        Larga na frente

       Com o anúncio da aposentadoria do ministro Raimundo Carreiro, começa a corrida por vaga no Tribunal de Contas da União. A escolha ocorrerá entre senadores. A mais cotada tornou-se Katia Abreu. Votos não faltarão. Começou a carreira no PPB, em 1995, tendo passado por PPB, PFL, PSD, PMDB e PDT. Hoje está no PP.

         Há 100 anos

Anúncio publicado nas capas dos jornais do Centro do País, em setembro de 1921, é a fotografia de outros tempos:

“Os srs. fazendeiros, que precisarem de braços para lavoura, queiram se dirigir com urgência à Companhia Comercial de São Paulo, rua Álvares Penteado, 83, Capital, ou enviar correspondência para a caixa postal 1113.”

Compartilhe essa notícia: