Depois do rojão lançado quarta-feira pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, contra a Petrobras, surgiu outro. O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem, durante entrevista à Rádio Novas de Paz, de Pernambuco, ter “vontade de privatizar” devido às críticas que recebe pelo aumento dos combustíveis.

É clara a intenção de sacudir a estatal que se considera intocável. Sua direção não pode mais continuar fingindo que está em outro planeta.

          Jogo conhecido

       Os deputados federais aprovaram projeto que reduz a alíquota do ICMS, um tributo estadual, nos preços dos combustíveis. Os senadores farão mesmo. Quanto à Cide, PIS/Pasep e Cofins, recolhidos pela União, deixam como está para não criar conflitos com o Ministério da Economia, que libera emendas parlamentares.

          Não dá errar

       Crises anteriores comprovaram: quanto mais Congresso e governo postergaram suas decisões, mais o país demorou a reagir para criar empregos e fazer a roda da Economia girar.

       São procurados

          O editorial do Diário do Comércio, de Belo Horizonte, ontem, perguntou: “Onde andariam as legiões de devotos do juiz Sérgio Moro, apresentado como uma espécie de salvador da pátria, os mesmos que iam às ruas, fantasiados de verde-amarelo, exigindo o fim da corrupção e dos corruptos, que na cadeia pagariam seus pecados?”

As preferências da opinião pública costumam girar como carrossel.

          Despertam cedo

          Partidos mais fortes saem na busca de profissionais que cuidarão do filé das propagandas eleitorais em TV. São as inserções sem aviso no recheio da programação comercial. Nas campanhas anteriores, a força e o impacto dos ataques ficaram comprovados.

Na contramão

          Os programas longos de candidatos e partidos já não costumam cair no gosto da maioria do eleitorado. Prendem a atenção dos que têm interesse por Política. Grande parte  sai da sala ou desliga a TV. O festival de promessas irrealizáveis esgotou o repertório.

          Condição

          Muitos candidatos costumam apostar na frase do escritor francês Victor Hugo, que viveu de 1802 a 1885: “Não há nada como um sonho para criar o futuro”.

Se houver dinheiro em caixa, OK.

          Há 90 anos

          A 31 de outubro de 1931, os jornais noticiaram que, em face da situação financeira do País, o ministro da Fazenda, José Maria Whitaker, estava negociando uma moratória com credores estrangeiros, na maioria banqueiros ingleses. “Seria a forma de diminuir o valor da soma dos nossos pagamentos, permitindo um período de convalescença e tonificação da economia, profundamente abalada”, comentou o jornal O Estado de São Paulo.

          Recurso da promessa   

          A estratégia do ministro Whitaker era conquistar a confiança, tentando provar que o governo Vargas atingiria o equilíbrio orçamentário. As negociações sofreram perturbações em consequência da crise financeira que surgiu na Inglaterra. Houve retardamento, mas não a interrupção nas negociações. O resultado foi o prolongamento do prazo com a concessão de novos empréstimos.

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