Pressionado pelos mais influentes conselheiros do Grêmio, Romildo Bolzan anunciou ontem que não concorrerá ao governo do Estado e ficará até o final da gestão na presidência. Livra-se da cobrança diária da direção do PDT, que desejava fazer logo o anúncio e começar a campanha. A tendência é que os trabalhistas apoiem Beto Albuquerque, do PSB, indicando o vice, que poderá ser Vieira da Cunha.

Tentativa

Se a dobradinha PSB-PDT se confirmar, o esforço se concentrará em contar com a candidatura de Ana Amélia Lemos, do PSD, ao Senado. Difícil mas não impossível.

Efeito da provocação

Adolfo Sachsida assumiu o Ministério de Minas e Energia com uma missão: mostrar que a Petrobras não é uma república independente e capaz de penalizar os consumidores. Iniciaram-se ontem estudos para a privatização.

A estatal subiu ao ringue e agora terá de lutar para se manter.

Pegando no bolso

A inflação é o maior problema social na opinião de 32% da população de 27 países, ao revelarem suas preocupações, segundo pesquisa do Instituto Ipsos. Pela primeira vez, a alta de preços ficou no topo das aflições da população mundial.

Conta pesada

Até o final deste mês, os brasileiros obterão a alforria. Completarão quase cinco meses de trabalho só para pagar os impostos.

O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação fez o levantamento: na Austrália, houve necessidade de trabalhar 107 dias durante o ano passado para transferir os tributos devidos. Suíça, 127 dias; Inglaterra, 148; Brasil, 149; Espanha, 152; Canadá e Noruega, 164 cada; Áustria, 188; Finlândia, 190; Suécia, 192 e Bélgica, 206.

A diferença é que quase todos países têm programas sociais muito mais robustos do que o Brasil como seguro-desemprego integral e escola pública frequentada por alunos das classes sociais mais abastadas, por exemplo.

O que farão os candidatos?

Mais uma vez, os programas de propaganda eleitoral em rádio e TV terão dois caminhos. Um é o de propostas ordenadas, exequíveis, inteligentes e capazes de chamar a atenção. O outro descamba para a baixaria, despertando irritação e indignação.

Precisam explicar

Pergunta indispensável durante a campanha eleitoral: se a República pressupõe a administração do bem público, por que é tão comum os gastos com o que soa supérfluo diante das prioridades da população?

Reconhecimento

No Senado, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte aprovou, ontem, projeto que declara o ex-presidente Tancredo Neves como Patrono da Redemocratização Brasileira. A decisão é terminativa e segue para sanção presidencial.

Fora do prumo

As polêmicas provocadas por alguns ministros do Supremo Tribunal Federal, em proporção que não se vê fora de nossas fronteiras, ressuscita um ditado: muita poeira para pouco solo remexido.

Boa iniciativa

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou projeto, determinando: quem provocar acidente com dolo (quando há intenção) ou culpa grave, além de indenizar as vítimas, responderá pelos gastos do Sistema Único de Saúde com atendimento e tratamento de todos os acidentados. A regra entrará no Código Civil.

Diferença

Nos Estados Unidos, não apenas o voto, mas também o registro do eleitor é facultativo. Por causa disso, republicanos e democratas se empenham em arregimentar simpatizantes, ao mesmo tempo em que trabalham para impugnar os eleitores adversários.

Sem dúvida

Da coleção de frases imortais: “O contribuinte é o único cidadão que trabalha para o governo sem ter de prestar concurso.” (Ex-presidente norte-americano Ronald Reagan).

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