A soma de todas as discussões administrativas e judiciais sobre dívidas  tributárias no país ultrapassa R$ 5,4 trilhões. Levantamento realizado pelo Insper, instituição de ensino superior e de pesquisa. Para comparar: a receita total de impostos no país, este ano, conforme o Portal Transparência, da Controladoria-Geral da União, atingirá R$ 4,7 trilhões. Os números não são suficientes para convencer os que detêm o poder a aprovarem a reforma tributária para estancar a sangria.

 

Falou e está falado

O Tribunal Superior Eleitoral negou o pedido de Geraldo Alckmin para que suas declarações contra Lula, em 2018, fossem retiradas da propaganda atualmente usada por Jair Bolsonaro. Há outros episódios. Na campanha de 2006, Alckmin disse que, caso chegasse ao Palácio do Planalto, montaria “um grande time, sem aparelhamento do Estado, nem governo de amigos. Política, para nós, não é luta patrimonialista, mas instrumento do bem comum”. Não adiantou. No 2º turno, Lula amassou o ex-governador de São Paulo: 60,83% dos votos contra 39,17%.

Entre a teoria e a prática

O sonho de nove entre cada dez marqueteiros: ver seu assessorado como candidato enfático, sereno, com ares de administrador e capacidade para comandar em qualquer cargo. É tarefa difícil.

Depende do ângulo

O inesquecível colunista político Carlos Chagas escreveu o que se enquadra a cada período eleitoral: “As coisas não são como parecem. Tudo o que é sólido desmancha-se no ar. E tudo o que parece ilusório dispõe de condições para tornar-se rocha.”

Lado sombrio

A partir de hoje, nos espaços de propaganda, os ataques ficarão ainda mais intensos. A cada estocada haverá uma resposta mais forte. Alguns candidatos recorrerão à  fórmula criada por Ascanio Sobrero em 1847. Foi o pai da nitroglicerina pura. Agradará a quem gosta de espetáculo. Eleição não é isso, mas o momento privilegiado para interferir no processo de definição de rumos e estratégias, fazendo o setor público melhorar.

Corrida rápida

Com as viagens de Jair Bolsonaro, Hamilton Mourão e Arthur Lira ao exterior, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, assumiu o comando do Palácio do Planalto. Filiado inicialmente ao MDB e depois ao DEM, está hoje no PSD. Entrou na política em 2014 ao se eleger deputado federal por Minas Gerais.

 

Nada mudou

Esta coluna repete a nota com o título “Criam a tempestade”, publicada em setembro de 2018: “Se dependesse dos especuladores, haveria eleição presidencial a cada ano. Forjam clima de insegurança, provocam o aumento do dólar e ganham milhões sem fazer força. Pior para a população, que sente os efeitos até no preço do pãozinho.”

 

Há 75 anos

A 19 de setembro de 1947, três dias após a instalação e a eleição, em Nova Iorque, da mesa diretora da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, surgiu o primeiro desentendimento. A delegação da Rússia ameaçou, declarando que “o uso de bombas atômicas por uma potência poderá ser respondido com bombas atômicas e algo mais”. Investigações de agentes secretos, reveladas pelo Cavalary Journal, publicação norte-americana, revelaram que os russos invadiriam toda a Europa para subjugá-la.

        Foi um dos capítulos iniciais da Guerra Fria.

 

Setor desprezado

Há anos, na redação do jornal O Globo, este colunista ouviu o desabafo de um repórter da área policial que chegou suado da rua depois de uma tarde intensa de trabalho: “Foi de enlouquecer, uma ocorrência atrás da outra, sem parar. Os bandidos só não assaltam livrarias.” Sua constatação ainda não foi desmentida.

Não puxam o freio

Aumentam cada vez mais as tragédias provocadas por descontroles climáticos. Os países que mais provocam poluição não têm interesse em conter a desenfreada exploração humana do patrimônio natural.

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