Vladimir Putin propõe a criação de seis corredores humanitários. Alguns deles vão direto para a Rússia. Dali, uma viagem turística à Sibéria, a região mais gelada do país, onde ficam as  famosas prisões reservadas a perseguidos políticos.

Volta à era do tacão

A Rússia se dispôs a cessar os ataques se a Ucrânia ceder território e incluir na Constituição que não vai aderir a blocos como a União Europeia e a OTAN. Em tempos recentes, não se viu tanta ousadia e desprezo à soberania.

Dor sem fim

O grau de crueldade na Ucrânia é dimensionado pelos que estão sem armas, submetidos a atrocidades. Compõem um cenário desumano que desafia discursos e proclamações de boas intenções.

Será que o tirano consegue fechar os olhos e dormir à noite?

Foi só um sonho

No momento em que Putin diz que pode recorrer às armas nucleares, usando a mesma naturalidade com que pede uma vodka no bar da esquina, convém lembrar uma advertência.

A 8 de março de 1952, o cientista Albert Einstein, em mensagem dirigida aos canadenses, por ocasião da Semana da Educação, sugeriu, novamente, a criação de uma autoridade supranacional para proteger o mundo contra a bomba atômica.

Conhecia tudo

Einstein, cujas teorias abriram caminho para as novas armas, afirmou que “a descoberta das reações nucleares em cadeia, como a dos fósforos, não implica na destruição da Humanidade”. Julgou que “no estado atual da técnica, só um governo internacional, munido de poderes suficientes, poderia poupar-nos do pior dos inimigos”.

Cada um por si

Ao longo de 70 anos, ninguém mais falou na proposta. As grandes potências trataram de desenvolver armas nucleares e armazená-las, lembrando o ditado irracional: se queres a paz, prepara-te para a guerra. Por quanto tempo seguiremos vivendo sob o signo do medo e da insegurança?

No centro do palco

Não fossem os ataques à Ucrânia, a eleição do secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte, em setembro, ficaria despercebida. O cargo do norueguês Jean Stoltenberg passa a ser cobiçado pelos 30 países membros.

Porta aberta

Criada a 4 de abril de 1949, a OTAN tem o papel fundamental de salvaguardar a liberdade dos 30 países membros por meios políticos e militares. A sede fica em Bruxelas.  Qualquer país europeu que contribua para a segurança da zona euro-atlântica pode se tornar integrante.

Virada do vento

O que tem sido pouco destacado: em 1997, OTAN e Rússia comprometeram-se a agir em conjunto para construir um continente estável, baseado na parceria e no interesse comum. O  compromisso foi reforçado em maio de 2002. A paranoia de Putin, agora, complica tudo.

O que defendem?

O presidencialismo brasileiro, em meio a mais de 30 partidos públicos, obriga-se a negociações permanentes para se manter. Há anos, não é fácil se equilibrar entre pragmáticos, reformistas, fisiológicos, corporativistas e dependentes. A moeda: dinheiro público.

Especialistas em burlar

O caixa 2 surgiu com a obrigatoriedade de comprovação, por partidos e candidatos, dos recursos recebidos e gastos em campanhas eleitorais. Nos subterrâneos, foram construídos canais para a entrada de dinheiro não contabilizado. Mesmo com o esforço de fiscalização, o controle de mais de 30 partidos e milhares de candidatos fica difícil. Não faltam jeitinhos e artimanhas para vislumbrar as brechas para burlar a lei.

Este ano, haverá novo desafio para os órgãos de controle.

Guinada

Geraldo Alckmin vai assinar ficha no PSB, cujo objetivo no terreno econômico, conforme o programa é “a transformação da estrutura da sociedade, incluída a gradual e progressiva socialização dos meios de produção, que procurará realizar na medida em que as condições do país a exigirem”.

Sobre propriedade em geral, o programa define: “A socialização realizar-se-á gradativamente até a transferência ao domínio social de todos os bens passíveis de criar riquezas, mantida a propriedade privada, nos limites da possibilidade de sua utilização pessoal, sem prejuízo do interesse coletivo.”

Ao longo da carreira política, como filiado ao PSDB, defendeu o contrário.

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