O ditador Vladimir Putin abriu antigas gavetas em busca das anotações do tempo em que estudou para ser aprendiz de espião e informante dedo-duro. Encontrou a aula em que o professor ensinou a adotar o pensamento único e a mentir. Neste final de semana, pôs em prática ao declarar: “Sanções equivalem à declaração de guerra”. Como se não fosse o autor das agressões covardes e brutais à população civil da Ucrânia.
Chamem um médico…
Explicação clara
O jornalista Carlos Brickmann avalia um tema permanente: “A liberdade de expressão tem alguns limites óbvios. Por exemplo, ninguém tem liberdade de gritar “fogo” num teatro lotado, apenas para ver a confusão que vai dar. Ninguém tem a liberdade de apitar num estádio para bloquear as jogadas dos adversários. O torcedor pode até tentar, e alguns já o fizeram, mas se forem surpreendidos pelos seguranças terão outras surpresas. Ninguém pode subir num caixote, na calçada, e incitar um assassínio. A liberdade de expressão, como qualquer liberdade, encontra seu limite natural na liberdade dos outros.”
Na cartilha de Putin, não existe a liberdade dos outros.
Têm esperança
Depois da suspensão da prévia que escolheria o candidato ao governo do Estado, o MDB mergulha na área da turbulência. Muitos coordenadores regionais, porém, encomendaram um cachimbo da paz para apresentar na reunião do diretório estadual, dia 14 deste mês. A marca, mantida em sigilo, poderá ser a Big Ben Barbados, considerada uma das melhores do mundo. O cachimbo é fabricado na Holanda e seu fornilho toma um banho de carbono para maior durabilidade. O fumo: talvez o Old Friend.
Diferenças
Quem volta do Exterior comenta sobre o alto preço dos produtos e serviços. Em grande parte, culpa do Custo Brasil, termo que identifica o conjunto de problemas burocráticos, estruturais e econômicos. Ao final das contas, encarece e compromete os investimentos no País. Mais: dificulta o desenvolvimento, ao mesmo tempo em que aumenta a informalidade, a inadimplência e a sonegação de impostos.
Disparada
A propósito, o site quantocustaobrasil.com.br registrava, ontem à tarde, R$ 110 bilhões e 900 milhões. É o valor que deixou de entrar nos cofres dos governos federal, estaduais e municipais desde 1º de janeiro deste ano, conforme acompanhamento do placar eletrônico denominado Sonegômetro.
Informação indispensável
O Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional presta um grande serviço ao manter o site quantocustaobrasil.com.br, que pode ser consultado diariamente. Tem apoio dos Institutos Etco, Millenium e Brasileiro de Planejamento Tributário e Planejamento.
Enquadramentos
O artigo 1º da Lei 4.729/65 descreve várias condutas que se enquadram como crime de sonegação: prestar declaração falsa ou omitir informações necessárias ao Fisco; alterar ou fraudar livros exigidos pelas leis; alterar fatura ou documentos relativos a operações mercantis; aumentar despesas para obter a redução de impostos, dentre outras.
Fogem do remédio
Inacreditável é a indiferença de senadores e deputados federais, a quem cabe fiscalizar. Deveriam saber que o rombo só será reduzido com a reforma tributária, adiada há 30 anos. O Brasil tem, reconhecidamente, um dos mais complicados sistemas de arrecadação de impostos do mundo. Que outro argumento sensibilizará Suas Excelências?
Cuidando de tudo
O marqueteiro João Santana, em 2010, foi o pioneiro ao incorporar à sua equipe um consultor de moda. Queria excluir os terninhos com cores fortes que a candidata Dilma Rousseff usava, escolhendo tecidos e modelos que considerava “mais leves”. Conseguiu.
Romper o figurino
No mesmo ano, assessores do candidato José Serra se deixaram contagiar. Começaram fazendo uma pesquisa que revelou: terno cinza, camisa azul ou branca e gravata vermelha eram demasiadamente formais e tinham cansado. Em palanques e nos programas de TV, adotou camisa esporte com mangas arregaçadas. Não adiantou.
Difícil, a partir de agora, será convencer João Doria a renunciar às camisas engomadas e com colarinho italiano, além dos sapatos bico fino e couro europeu.