Em todo o mundo, 82 países têm gasolina mais barata que o Brasil. É o que revela o site https://pt.globalpetrolprices.com/gasoline_prices/ 

Por que será?

O governo federal silencia. A Petrobras diz que precisa remunerar seus acionistas. O Senado e a Câmara dos Deputados, que devem fiscalizar, dão a impressão de que o preço alto da gasolina é problema dos habitantes de Marte. Cabe aos parlamentares, em nome da população que dizem representar, cobrar explicações.

Difícil ir adiante

A Câmara dos Deputados retomou ontem, timidamente, a discussão interrompida em 2018: o projeto que impede o pagamento dos supersalários. Quer dizer, vencimentos acima do teto constitucional do funcionalismo, que hoje corresponde à remuneração de um ministro do Supremo Tribunal Federal, fixada em 39 mil e 200 reais. A proposta prevê o fim do pagamento dos penduricalhos.

Se persistir o ânimo de tentativas anteriores, o projeto voltará para a gaveta.

Não conhecem limite

Quando será que Senado e Câmara dos Deputados passarão a tesoura em seus gastos? Somados, chegam a 11 bilhões de reais por ano.

Fotografia do momento

Repórteres que acompanham o dia a dia da CPI da Pandemia avaliam: até agora, viram uma sucessão de intrigas com clima de suspense. Não vislumbram epílogo, seja para ratificar culpas, por ações e omissões, ou concluir pela inocência de protagonistas.

Vai alinhado

O advogado-geral da União, André Mendonça, passa hoje pelo atelier de seu alfaiate. Fará a prova final do terno que encomendou há dois meses e usará na posse como novo ministro do Supremo Tribunal Federal. Ocupará a vaga de Marco Aurélio Mello, que vai se aposentar na próxima semana.

Este conhecia

O mineiro Artur Bernardes elegeu-se presidente da República em 1922. Sempre alertou os governantes do estado onde nasceu sobre os riscos da exploração descontrolada: “Minério não dá duas safras”.

Estados com amplas áreas agricultáveis que o digam. O Rio Grande do Sul serve como exemplo. Nos anos em que o clima ajuda, a colheita é expressiva, o dinheiro chega à conta dos produtores e a roda da Economia gira.

Vira jogo de esgrima

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, tomou a liderança na defesa do voto eletrônico. Segunda feira, durante simpósio na Câmara dos Deputados, afirmou: “Se o candidato a presidente da República pedir recontagem, nós vamos ter 150 milhões de votos contados manualmente naquelas mesas apuradoras que faziam o terror da vida brasileira antes das urnas eletrônicas. Vai criar dificuldade administrativa, oferecerá risco para o sigilo, risco grande de fraude e risco de judicialização, porque a contagem manual vai dar diferença em relação à contagem eletrônica.”

Os que se considerarem contrariados deverão ir à tréplica.

Coragem de dizer

Este colunista guarda entre seus recortes um texto valioso de Osíris Lopes Filho, secretário da Receita Federal durante o governo Itamar Franco. A franqueza em seus artigos era digna de um grande homem público. Exemplo:

 “A carga tributária, isto é, a sucção cruel que impostos, taxas e contribuições provocam nos bolsos dos contribuintes e nos caixas das empresas, é, em linguagem sincera e sem sofisticação, oportunista, imoral, indecente, em suma, pornográfica. É isso, dito sem exagero, mas espelhando a realidade exposta na sua crueza.”

Marketing em ação

Declaração do governador João Doria, segunda-feira à noite, durante entrevista à Rádio Super, de Belo Horizonte:

“Não recebo salário, devolvo todos os meus salários para o Fundo Social de Solidariedade, todos os salários são destinados para comprar o alimento solidário e desde de junho para cobertores entregues à população de rua. Trabalho de graça e feliz para ajudar a população e assim farei se eleito presidente. De antemão, abro mão do salário de presidente para destinar às atividades solidárias para atender os mais humildes e os desempregados.”

Quebram as taças

A Guerra Fria recomeça e abrange o prazer etílico. O presidente Vladimir Putin decreta que só o espumante russo é champanhe e escandaliza a indústria francesa. Nova lei, editada em Moscou, reserva a etiqueta, originalmente atribuída a uma região da França, apenas ao produto local. Paris reage e recomenda a suspensão da venda do produto à Rússia.

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