As alterações climáticas e o aumento constante da temperatura não ficam mais restritos aos relatórios com gráficos e números de difícil acesso e que poucos entendem. Os efeitos agora competem com outros temas em todos os noticiários. Raro é o dia em que não ganhe destaque, gerando ondas de medo. São  enchentes, frio extremo, calor nunca sentido no hemisfério Norte, incêndios e outras ocorrências. O setor produtivo começa também a revelar graves consequências.

Comparando

       Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais apontaram o registro de 2.308 focos de incêndios, em junho deste ano, número sem precedentes para o mês de junho, desde 2007. É assustador, mas comprova que o problema vem de longe. O que faltou antes foi cobrança mais forte sobre as queimadas e os danos.

Onde se escondem?

    O Brasil tem 8 milhões e 500 mil pessoas com a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em atraso. Só no Estado de São Paulo cerca de 1 milhão ainda não compareceram aos postos.

Briga desigual

O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou ontem que “uma inflação entre 7% e 8% está dentro do jogo”. A única certeza é de que a perdedora é a população que não tem condições de enfrentar oportunistas aumentando os preços.

Sem rodeios

Manchete de ontem do jornal O Tempo, de Belo Horizonte: “Já chega. Ninguém suporta mais o preço da gasolina.”

Superficiais

Os que acompanham as sessões da Câmara dos Deputados e do Senado pelas TVs não têm dúvida sobre a conduta da maioria dos seus integrantes. Com a certeza de que discursar não paga imposto, buscam a tribuna, o microfone aberto, as câmeras e os holofotes ligados.

Ordem de prioridade

O Senado não retira da gaveta a reforma tributária, nem enfrenta o aumento da taxa de juros e o crescimento da inflação. Porém, na terça-feira, aprovou projeto de lei que dá ao clube mandante das partidas de futebol os direitos de arena, referentes à transmissão ou reprodução de jogos. Dessa forma, o clube mandante da partida terá a prerrogativa de negociar a sua transmissão. Fizeram a chamada média com as torcidas.

Medindo forças

Parlamentares da Bahia que encaminham pedidos nos ministérios são tratados a pão de ló. É o Estado em que o PT permanece mais tempo no governo. São 14 anos e meio. A oposição quer virar o jogo.

Inadmissível

Neste sábado vão se completar 25 anos de um fato desastroso para os Estados: por 271 votos a 82, a Câmara dos Deputados aprovou, a 28 de agosto de 1996, o pedido de tramitação em regime de urgência da Lei Kandir, para desonerar da cobrança de ICMS os produtos primários exportados. Quando entrou em vigor, o governo federal aplicou o calote.

 

Alertou

Osiris Lopes Filho, professor de Direito Tributário e que tinha sido secretário da Receita Federal, publicou artigo com alerta sobre a desoneração do ICMS sobre produtos primários exportados. Um trecho:

       “Esse projeto Kandir não pode ser aprovado a toque de caixa. Um projeto desse teor, eivado de inconstitucionalidades, não pode prosperar sem um debate em que participe toda a sociedade brasileira, que será atingida por sua repercussão.”

A sugestão, infelizmente, foi rejeitada.

Há 60 anos

O editorial da Folha de São Paulo, a 26 de agosto de 1961, um dia após a renúncia do presidente Jânio Quadros, não perdoou: “O gesto só pode merecer a mais cabal condenação, independentemente mesmo do conhecimento exato das convicções que ditaram a atitude extrema (…) A impulsividade e a instabilidade emocional do presidente não lhe permitiam enfrentar os opositores e superar as divergências com a ponderação e a tranquilidade que se exigem de um chefe de Estado.”

Não responde

 O presidente Joe Biden finaliza as entrevistas coletivas na Casa Branca quando surgem perguntas que não lhe agradam. Exemplos: como o setor de Inteligência não foi capaz de perceber o rearmamento do Taleban, alimentado por russos e chineses? Como o retorno dos radicais se deu de forma tão fácil e rápida? O que a Casa Branca fez nos últimos 20 anos para criar as bases da democracia no Afeganistão?

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