O impossível acontece

Polícia Federal e o Ministério Público Federal não têm folga nem na pandemia. Investigam e localizam fraudes e desvios na compra de respiradores por diversos governos. Equipamentos destinados a salvar vidas no combate ao novo coronavírus. Qual a pena a ser a aplicada a esses criminosos?

Mais um

 O adiamento da posse do ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, marcada para hoje, acrescenta um capítulo à novela A Arte de Complicar o Governo. Decotelli chegou derrapando e precisa explicar detalhes de seu currículo.

Caso as denúncias tenham fundamento, o episódio repercutirá no país e no exterior. Comprovará também o ditado: o papel aceita tudo. É só escrever.

Importância

No organograma do Ministério da Saúde, constam como entidades vinculadas apenas quatro empresas públicas: Hospitais Nossa Senhora da Conceição, Fêmina e Cristo Redentor, de Porto Alegre, e a de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras).

Reconhecimento

Ao longo do tempo, o Grupo Hospitalar Conceição conta com o apoio e a atenção dos ministros da Saúde. Adib Jatene foi um deles nos dois períodos em que exerceu o cargo: de fevereiro a outubro de 1992 e de janeiro de 1995 a 6 novembro de 1996.

Esgotou sua paciência

Jatene veio a Porto Alegre a 1º de novembro de 1996, especialmente para visitar o Grupo Hospitalar Conceição. Ao chegar no prédio da rua Francisco Trein, disse a este colunista, que já o tinha entrevistado em ocasiões anteriores: “Vou deixar o cargo. Me empenhei ao máximo pela criação da CPMF para que a Saúde tivesse recursos. Agora, escondem o dinheiro. Pensam que estão lidando com quem? És o primeiro jornalista a saber da notícia.”

Não havia outros colegas acompanhando a visita, o que garantiu a divulgação com exclusividade pela Rádio Guaíba, logo depois.

A 6 de novembro, Jatene passou o cargo. Uma perda muito lamentada para a saúde pública.

Desejo de transparência

A propósito da nota sobre o Impostômetro, publicada ontem por esta coluna, o leitor Leônidas Luiz de Castro pergunta: “Por que o placar eletrônico é mantido por três entidades empresariais de São Paulo? Não deveria ser atribuição do governo federal dar publicidade diária da arrecadação?”

Há muitas respostas. Uma delas: o temor de cobranças sobre a destinação do dinheiro.

Fadiga

A maioria dos prefeitos sonha com o que não vai se realizar: a prorrogação dos mandatos em função da pandemia. Alguns, porém, contam os dias para a entrega do cargo. Cansaram das dificuldades, dos recursos reduzidos e das pancadas. Para eles, quanto mais cedo puderem sair, melhor.

Condição

Muitos prefeitos, que encontram candidatos à sucessão, alertam e têm razão: para administrar, ficção não vale.

Carrossel parou

Amanhã, a moeda real completará 26 anos. Desde 1º de julho de 1994, as notas não mudam. O economista Roberto Macedo resume: “Em cada uma delas está a mesma cara, a mesma cor, o mesmo número e o mesmo nome.”

Lembra “o período em que a moeda trocava de nome e as contas perdiam três zeros. Para economizar papel, algumas notas antes vinham carimbadas com o nome e as unidades da nova moeda”.

Resistimos

Desde 1942, tivemos cruzeiro, cruzeiro novo, cruzeiro novamente, cruzado, cruzado novo, cruzeiro mais uma vez e finalmente o real.

Erraram feio

Tão logo houve o anúncio do real, lideranças de partidos políticos de oposição saíram a gritar que era um blefe e não resistiria mais do que seis meses.

Porto seguro

O Plano Real fez da moeda um instrumento estável. Ótimo que não tenha surgido o Real-2.

O país conquistou a inflação baixa e que não volte mais.

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