Até agora se recusou

O Congresso Nacional, que tem atribuição de fiscalizar, precisa tomar a iniciativa de listar as obras faraônicas mal justificadas, muitas inconclusas e algumas sob suspeita de hiperfaturamento. Depois, pedir o enquadramento dos gestores públicos irresponsáveis que gostam de desperdícios.

As despesas foram cobertas por dinheiro que não nasceu em árvores. Saiu do bolso de cada contribuinte de impostos.

Sustentamos

O Brasil tem o segundo Congresso Nacional mais caro do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo dados da União Interparlamentar, organização mundial que estuda os legislativos de diferentes países. Cada um dos 513 deputados brasileiros e dos 81 senadores custa mais de 7 milhões de dólares por ano,  seis vezes mais que um parlamentar francês, por exemplo.

A notícia é de 2018 e não consta que o quadro tenha se modificado. Os novos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, tão cheios de boas intenções, poderiam tomar a iniciativa de reduzir os gastos

Câmera, luzes, ação

A cada dia em Brasília, o cenário é montado e atores políticos ensaiam para gravações de cenas do filme Dias Nervosos Virão.

Plano de voo equivocado

O novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, fixou prazo: em oito meses, estará concluída a votação da reforma tributária no Congresso Nacional. Caso se restrinja ao projeto que o Executivo encaminhou ou outros dois de origem parlamentar, será chover no molhado. As propostas ficam na casca, nada além. O país merece medidas muito mais profundas para retomar o desenvolvimento.

Subindo, subindo…

A dívida mundial, somando os setores público e privado, atingiu 197 trilhões de dólares em 2019. Aumento de 9 trilhões de dólares em relação a 2018. Dados do Fundo Monetário Internacional, que é lento na apuração, mas seguro no que divulga.

Sem bússola

Não vai demorar e muitos perceberão a limitação de eleitos que chegaram ao poder despreparados, usando antiga ferramenta: retórica demais e informação de menos. Confirmarão o ditado: quem só conhece metade de um problema acaba devorado pela outra metade.

Rompe a tradição

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, por enquanto é o detentor do Troféu Peito de Aço: teve a coragem de publicar no Diário Oficial a revogação do decreto que estabelecia ponto facultativo nas repartições públicas, dia 15, segunda-feira de Carnaval. Deve entrar na História.

Desconectados

O grau de desinformação no país se revela, mais uma vez: 1 milhão e 400 mil pessoas, entre trabalhadores informais, autônomos e desempregados, em todo o país, perderam o prazo para retirar o auxílio emergencial no valor de 1 bilhão e 300 milhões de reais. O levantamento foi realizado pelo Ministério da Cidadania.

Quem impulsiona

Em 2020, as micro e pequenas empresas foram as únicas a conseguirem reverter a perda de postos de trabalho provocada pela pandemia. Depois de acumular saldo negativo até outubro, os pequenos negócios se recuperaram e fecharam o ano com a geração de 293 mil e 200 novos empregos. Informações do Sebrae com base em dados consolidados pelo Ministério da Economia.

Decisão correta

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral confirmou ontem, por unanimidade, a suspensão das consequências para quem não votou nas eleições municipais de 2020, que tinha sido determinada no mês passado pelo presidente, ministro Luís Roberto Barroso. Com a pandemia, não dava para forçar a saída de casa.

No mesmo tom

Analistas norte-americanos avaliam que a estratégia econômica do presidente Joe Biden parece insinuar uma continuação do viés nacionalista iniciado na administração Trump, mesmo que para isso esteja sendo ensaiada uma retórica mais suave e ao estilo do Partido Democrata.

Evita estragos

Em meio à tempestade, o que os governos menos precisam é de aumento da ventania.

Endereço

Um alienígena, sem descer do disco voador, pede a um terráqueo: “Leve-me a seu líder”. A resposta: “Vá até Brasília e procure por Centrão”.

É o bom humor do chargista Duke, na edição de ontem do jornal O Tempo, de Belo Horizonte.

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