Balanço do Estado

O item transparência do site rs.gov.br, a 31 de dezembro de 2020, mostrou:

1) a expectativa da arrecadação desde 1º de janeiro era de 61 bilhões e 159 milhões de reais. Atingiu 61 bilhões e 336 milhões.

2) As despesas liquidadas ficaram em 57 bilhões e 206 milhões. Pagamento do pessoal e encargos sociais totalizaram 73 por cento; juros, encargos e amortização da dívida, 7 por cento, e os investimentos não passaram de 1 por cento.

Crescimento

O Brasil encerrou 1980 com o Produto Interno Bruto atingindo 240 bilhões de dólares. Em 2019, foi a 1 trilhão e 800 bilhões de dólares. Dados do Tesouro Nacional. É só os governos não atrapalharem que o setor privado anda. Quer dizer, gera emprego, contribui com impostos e promove o desenvolvimento.

Efeito

O resultado do Produto Interno Bruto de 2020 está sendo aguardado e revelará o tamanho do tombo provocado pela pandemia. A retomada não se dará por combustão espontânea. A Economia demora para se aquecer.

Tudo tem uma medida

O Brasil é rico como poucos países em recursos naturais e humanos. Passada a tragédia, os governos federal, estaduais e municipais precisarão abandonar a cultura do fundo do poço. Não podem, porém, achar que a população é fonte inesgotável de recursos ilimitados, capaz de continuar pagando impostos exorbitantes.

Freio na impunidade

Foi-se o tempo em que eram poucas as punições para os casos de corrupção no país, como se culpados quase não houvesse. Mesmo assim, alguns insistem, achando que dinheiro público e privado são a mesma coisa. Não escapam mais de punição.

Condições do tempo

A maioria dos prefeitos sabe: depois das primeiras semanas, a temperatura se altera nas câmaras municipais e, quanto mais quente, pior. Por isso, mudanças devem ser feitas na arrancada ou nunca mais.

Carreira exitosa

O jornalista Mário Xavier, no final de dezembro, conquistou o Prêmio de Reconhecimento por Trajetória Cultural Aldir Blanc de Santa Catarina. Redator, articulista e escritor, tem 35 anos de atividade profissional. É autor de obra sobre o pioneirismo do Coronel Freitas na preservação do Oeste ao território catarinense, entre outras publicações.

Xavier formou-se em 1982 na UFRGS e integrou a equipe de Redação do Diário Catarinense, que recebeu o Prêmio Esso de Jornalismo como Melhor Contribuição à Imprensa no País em 1987.

Situação inusitada

A guerra de liminares, determinando o abre-e-fecha de hotéis no litoral de Santa Catarina faz supor que hóspedes se mantenham em alerta. De repente, surge a ordem de redução da ocupação. Quando chegam à portaria para pagar a conta, aparece outra decisão, permitindo a permanência.

Caminho errado

Os 35 anos do fracassado Plano Cruzado serão assinalados a 28 de fevereiro. Não bastou o slogan “tem que dar certo”. Era uma fórmula mágica para debelar a inflação, extinguindo a memória dos preços pelo congelamento.

Depois, disparou

A inflação de 1985 tinha alcançado 231 por cento. Quatro anos depois, mesmo com a aplicação de sucessivos pacotes econômicos, chegou próxima a 2 mil por cento.

Nome na História

Hoje é o Dia Mundial do Braille, data escolhida em homenagem ao francês Louis Braille, nascido a 4 de janeiro de 1809. Foi criador do sistema de leitura e escrita para deficientes visuais. As dificuldades que enfrentou na infância, após um acidente, não impediram que sua família o incentivasse à escolarização e posterior pesquisa. O resultado, a partir de 1829, tornou-se reconhecido e utilizado em todo o mundo.

Síntese

Do escritor e psicanalista mineiro Rubem Alves:

“Esperança é o oposto de otimismo. Otimismo é quando, sendo primavera do lado de fora, nasce a primavera do lado de dentro. Esperança é quando, sendo seca absoluta do lado de fora, continuam as fontes a borbulhar dentro do coração. (…) A esperança se alimenta de pequenas coisas. Basta-lhe um morango à beira do abismo”.

Receita: olhar numa só direção

O Brasil não pode continuar transformando soluções em problemas. Caso persistam os desencontros sobre o uso da vacina, o preço da pandemia será muito mais alto do que o pago até agora.

Causa e consequências

Talvez, com o novo ano, a classe política perceba que a alta carga de impostos no país prejudica o crédito, os investimentos, a criação de empregos e a formalização da Economia. Resumindo: onera a produção. A isso se chama prejuízo social.

Pergunta para começo de ano

O que leva uma sociedade a olhar pouco para si própria? Vive-se num país com riquezas naturais e humanas incomparáveis. Porém, os governos federal, estaduais e municipais andam quase sempre com os cofres depauperados.

Gastar dinheiro público é fácil

O ano de 2020 terminou com o governo federal tendo pago 352 bilhões e 409 milhões de reais para rolar sua dívida, acumulada ao longo de muitas décadas e provocada por governantes relapsos.

Dessintonia

O economista Roberto Campos costumava dizer em suas conferências: “Há países naturalmente ricos, que têm tudo que precisam, como Brasil, Rússia e Venezuela, mas vocacionalmente pobres. Há países sem recursos naturais, mas vocacionalmente ricos, como Suíça e Japão.”

Sinais evidentes

É preciso lembrar ainda: com exceção do ano da pandemia, as isenções tributárias, os subsídios encobertos e muitos dos gastos públicos ao longo do tempo, em nosso país, privilegiaram os mais ricos.

Com os cofres quase vazios

Os prefeitos que assumiram , em meio à maior crise de todos os tempos, precisam dar inequívocas demonstrações de zelo e austeridade nos gastos. O esbanjamento, como se o dinheiro público não tivesse dono, será meio caminho andado para a frustração logo adiante.

Preparativos

Em março, serão assinalados 35 anos da eleição de Mikhail Gorbatchov para o cargo de secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética. Marcou o início do processo de queda da Cortina de Ferro, ocorrida em 1991.

O que levou ao abismo

O economista soviético Nicolai Shmelev, em 1987, escreveu, criticando a política de rações mensais garantidas à população:

“Suprimir os antigos incentivos naturais ao trabalho levaram a uma economia desequilibrada, prejudicada pela escassez. Maciça apatia, indiferença, roubo, desrespeito ao trabalho honesto, juntamente com inveja àqueles que ganham mais, mesmo com métodos honestos, levaram à degradação da população.”

Shmelev foi adiante: “Ninguém acredita nos objetivos e nos fins propostos pelo governo e nem mesmo na possibilidade de que possa se organizar racionalmente nossa vida econômica e social.”

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