Nada surpreendente

O que esperar quando o cenário de guerra está montado? O começo da guerra, claro. Foi o que aconteceu ontem no Rio de Janeiro. Traficantes, milicianos e forças da segurança pública abriram fogo na terra sem lei.

Estudar por anos?

Chamou a atenção um detalhe do noticiário: um dos propósitos da operação policial era prender criminosos que recrutam crianças e adolescentes para o mundo do crime.

Pobres crianças e adolescentes que têm dois caminhos à frente. Um é frequentar a escola para buscar profissão no futuro. Outro é aderir aos donos dos morros, obtendo dinheiro vivo no dia seguinte com garantia e benefícios para suas famílias.

A segunda escolha entra na linha dos exemplos que vem de cima: seis ex-governadores denunciados, processados, condenados, cassados e presos.

Estado foi substituído

Costuma-se dizer que, no setor público, não há vazios. Acabam sendo ocupados por outras forças. Diante da incompetência e corrupção de sucessivos governos, as Polícias se enfraqueceram, dando lugar ao surgimento das milícias. A partir daí, institui-se um estado paralelo que manda e desmanda, sem a perspectiva de que venha a se enfraquecer.

Os sem futuro

Pobre e triste população trabalhadora e ordeira da ex-Cidade Maravilhosa, que precisa enfrentar a insegurança a cada minuto do dia e da noite. Transformou-se em Rio das perdas. É difícil imaginar como isso vai acabar.

De capítulo em capítulo

Os efeitos da pandemia desdobra-se em partes.

Primeira: a falta de vacinas para a segunda dose cria insegurança e até  angústia. O governo federal fez previsão equivocada.

Segunda: a CPI virou palco de personagens idênticos aos dos filmes do Velho Oeste. Há os mocinhos e os constrangidos. Mocinhos são os senadores da oposição que disparam para todos os lados, requentam os pratos, aproveitando-se de ressentimentos de alguns que saíram do governo.

Terceira: está demonstrado que faltou ao presidente Bolsonaro reunir ministros e aliados para definir uma linha de ação e os argumentos de defesa. Os que defendem o governo vivem situações de constrangimento na CPI. Cada um segue uma rota e as contradições ficam muito flagrantes. Algum assessor deveria ter alertado sobre o risco e deixou de fazer.

Aproximação para ser explicada

Assessores de Luiz Inácio Lula da Silva esqueceram de avisá-lo que o MDB liderou a queda de Dilma Rousseff. Ontem, foi almoçar na casa de José Sarney. Um dos temas da conversa: a montagem de palanques estaduais para a eleição presidencial de 2022.

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