Receita é bem conhecida

“Todos estão concordes com a necessidade de uma ampla e profunda reforma tributária, capaz de corrigir distorções do sistema vigente, sobretudo no que concerne ao peso da carga tributária e a distribuição do produto da arrecadação entre as diversas instâncias do poder público.”

É o primeiro trecho de artigo de Jorge Konder Bornhausen, ex-governador de Santa Catarina, ex-senador e ex-ministro, publicado pelos jornais do centro do País em julho de 1987.

Muito devagar

O ministro da Economia, Paulo Guedes, entregou esta semana ao Senado a primeira parte da reforma tributária. Trata da unificação do PIS (Programa de Integração Social), criado em 1970, e do Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), de 1991.

É pouco para o governo que ficou um ano e meio nos preparativos do texto.

Equívocos acumulados

O sistema tributário tem problemas crônicos, jamais enfrentados e sanados. As mudanças, reivindicadas há mais 30 anos, precisam conduzir à maior competitividade, produtividade, investimentos, expansão dos negócios e criação de empregos.

Reino da acomodação

Governos relapsos permitiram a perpetuação de um cenário com taxas, contribuições e impostos exagerados e superpostos, além de normas confusas. Uma das consequências é o acúmulo de demandas judiciais entre contribuintes e fisco.

Difícil acreditar

O Ministério da Saúde gastou apenas 29 por cento da verba emergencial prevista para combater o novo coronavírus a partir de março, aponta auditoria do Tribunal de Contas da União.

Números assustam

Dos 38 bilhões e 900 milhões de reais prometidos por meio de ação orçamentária específica criada em março, quando a pandemia foi anunciada, 11 bilhões e 400 milhões saíram dos cofres federais até 25 de junho. Já havia 55 mil mortos e 1 milhão e 200 mil infecções notificadas no país.

Onde devem ficar

Está na hora de criar um laguinho diante do edifício do Ministério da Saúde. Abrigaria o time da lentidão na companhia das tartarugas.

Pena para oportunistas

O Ministério da Cidadania enviou à Caixa Econômica Federal 1 milhão e 303 mil números de Cadastro de Pessoas Físicas para bloqueios e verificações detalhadas por suspeitas de fraudes no Auxílio Emergencial.

Prova de que, além da Covid-19, há outro vírus circulando pelo país. A cura só ocorrerá com sentenças judiciais para os contaminados.

Falta equilíbrio

O agravamento da pandemia não deve afetar a capacidade de ouvir de governadores e prefeitos. Devem, pelo menos, manter abertos canais com a população. As orientações de tecnoburocratas não são as únicas.

Sacode a poeira

O lema São Paulo ‘não pode parar’ está em recesso com exceção da Bolsa de Valores que completou duas semanas com índice acima de 100 mil pontos. No começo da pandemia, chegou a 63 mil pontos.

O tempo corre

Faltam 10 dias para a quinta reunião do ano em que o Conselho de Política Monetária do Banco Central decidirá sobre a taxa de juros. O cenário indica possível redução.

Preferência

Deputados bolsonaristas, que estão na linha de frente, reclamam do ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos: dá mais atenção ao time do Centrão  do que aos leais desde a primeira hora.

Malas prontas

A entidade nacional que congrega hotéis de todo o país realizou pesquisa online, no final de junho. Resultado: 70 por cento dos entrevistados passaram a valorizar mais o hábito de viajar após a experiência de confinamento, enquanto 50 por cento afirmam que pretendem viajar com mais frequência após o afrouxamento das restrições.

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