Com a possibilidade de reeleição, as campanhas à Presidência da República começam muito cedo e atrapalham o País.

Neste mês, completam-se 25 anos da primeira manifestação: o presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu, durante entrevista aos jornais, que o projeto de reeleição estava nas cogitações. Foi depois concluído, sob argumento de que o Plano Real tinha dado certo ao derrubar a inflação e a troca no poder provocaria riscos à Economia. Partidos de oposição protestaram, mas o Congresso aprovou.

Não mudaram

       Quando a oposição chegou ao poder, em 2003, não fez nenhum esforço para derrubar a reeleição. A partir do segundo ano do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, começou  sua campanha, visando 2006. O mesmo ocorreu com a presidente Dilma Rousseff. Repete-se com o presidente Jair Bolsonaro.

A oposição passa a agir no sentido de torpedear o governo e descamba para um terreno que atende a interesses políticos e partidários, não ajudando o País.

Vão enfrentar?

       Repensar a necessidade de manter a reeleição, trazer o tema ao debate, avaliar se há conveniência em antecipar a campanha. São assuntos para o Senado e a Câmara dos Deputados debaterem, se tiverem coragem e responsabilidade.

Fechou o cofre

O Diário Oficial da União publicou ontem o veto do presidente Bolsonaro ao fundo especial de R$ 5,7 bilhões para o  financiamento das eleições de 2022.

Havia dois grupos torcendo pela manutenção do projeto como foi aprovado no Senado e na Câmara dos Deputados: 1º) formado por candidatos que concorrerão; 2º) de amplos setores da oposição que partiriam para campanha, denunciando que o governo desperdiça dinheiro.

Projeto para voltar

O Progressistas injeta ânimo na candidatura do senador Luís Carlos Heinze ao governo do Estado. A última vez que o partido subiu as escadas do Palácio Piratini para assumir foi a 15 de março de 1983 com Jair Soares.

O mundo gira

       O jornal A Tarde, de Salvador, publicou ontem: “O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, indicou que o partido está próximo de fechar um acordo para que o presidenciável Ciro Gomes apoie a candidatura de ACM Neto (DEM) para governador da Bahia. De acordo com Lupi, resta apenas definir se o PDT irá compor a chapa com a presença do vice-governador ou se indicará um senador para encabeçar a chapa de ACM Neto. Na segunda situação, um nome que ganha força é do deputado federal Félix Mendonça Júnior, presidente do PDT na Bahia e antigo aliado do governador Rui Costa (PT).”

No passado

       Em meados da década de 1990, Leonel Brizola e Jorge Bornhausen aproximaram PDT e DEM. A aliança ficou próxima de se concretizar. Porém, as reclamações das bases levaram a um recuo.

Seta vai se movimentar

       A 241ª reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central está marcada para 20 e 21 de setembro. Até lá, a bolsa de apostas funcionará sem parar. A maioria acredita no aumento da taxa de juros, fórmula equivocada, segundo muitos economistas, de conter a inflação.

Antes que seja tarde

A Câmara dos Deputados analisa projeto de lei que cria o Sistema Nacional Contraterrorista para coordenar ações de inteligência. Quer prevenir a formação de células no Brasil e treinamento para a atuação na iminência, durante ou logo após um eventual atentado.

Fim trágico

       Na madrugada de 24 de agosto de 1954, o jornal O Estado de São Paulo, começou a chegar às bancas e às casas do assinantes com o editorial:

                  “A crise político-militar não sugere perspectivas de solução imediata, agravando-se a cada instante, de sorte a apresentar, agora, em termos insustentáveis. A renúncia do sr. Getúlio Vargas, que é a única solução constitucional, encontra um obstáculo único na falta de patriotismo e na desmedida ambição do presidente da República, que agora, em súbita conversão democrática, apega-se à Constituição para justificar sua velha vocação para ficar no poder, indiferente à sorte do País, sem se importar em provocar novos derramamentos de sangue.”

           Às 8h20min, Vargas se suicidou.

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