Na abertura do ano legislativo, quarta-feira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou esperar um período “politicamente complexo e de muito trabalho”. Ressaltou a promessa de que haverá grande responsabilidade e produção, mesmo com as eleições de outubro.

O cenário sempre foi politicamente complexo mas com soluções tímidas. Quanto ao trabalho, o ritmo se tornou conhecido do Oiapoque ao Chuí.

Se o Senado repetir o que ocorreu em anos eleitorais anteriores, Pacheco não cumprirá o  anúncio.

Prometer é fácil e corriqueiro

Na mesma sessão do Congresso, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, declarou que “desemprego e inflação são os desafios a serem enfrentados nos próximos anos.” Era a pauta que os parlamentares deveriam ter pelo menos ajudado a resolver há muito tempo.

Rotas diferentes    

Enquanto no Rio Grande do Sul a escolha entre Alceu Moreira e Gabriel Souza para concorrer ao governo do Estado foi suspensa, em Santa Catarina ocorre o contrário. O presidente do diretório estadual, Celso Maldaner, determinou que a prévia se realize no dia 18 deste mês. A vontade da bancada do partido na Assembleia Legislativa era se aproximar do governador Carlos Moisés. Depois de deixar o PSL, não se decidiu por nova filiação. A ida às urnas agora vai atrapalhar a negociação para que Moisés concorra pelo MDB.

Um pouco de criatividade resolve

Cerca de 36 milhões de aposentados, pensionistas e outros titulares de benefícios pagos pelo Instituto Nacional de Seguridade Social precisavam, todos os anos, ir às agências bancárias e comprovar que estavam vivos. Para muitos, que têm limitações, representava um transtorno. Agora, o governo consultará bases de dados públicas e privadas para tirar dúvidas.

Problema grave

Levantamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária mostra que das 140 milhões de toneladas de alimentos que produzimos por ano, 26 milhões são desperdiçadas. Estudo da Universidade Federal de São Carlos revela que 40% das perdas ocorrem na distribuição após o processamento. Dados recentes do IBGE acrescentam que a comida jogada fora no Brasil seria suficiente para suprir os mais de 10 milhões de pessoas hoje afetadas pela insegurança alimentar, agravada pela pandemia. São circunstâncias que não podem se eternizar.

Situação trágica

Site do jornal argentino Clarin: “O ministro da Segurança de Buenos Aires, Sergio Berni, deu uma entrevista coletiva ao meio-dia desta quinta-feira na qual garantiu que, no caso de mortes por cocaína envenenada, a situação está “estabilizada”. Disse ainda que o grave incidente não faz parte de “uma guerra às drogas” . Horas depois de suas palavras, o número de mortos subiu para 23.”

Há outra interpretação: trata-se de episódio para destruir a confiança conquistada por um grupo fornecedor.

Há 80 anos

“Prossegue o avanço das tropas russas na Ucrânia.” Foi a manchete do jornal O Estado de São Paulo a 4 de fevereiro de 1942, baseada na notícia de emissoras de Moscou. Em transmissão urgente, informaram que a vanguarda do marechal Timochenco avançava no território ucraniano sem enfrentar resistências, em mais um episódio da Segunda Guerra Mundial.

O conflito atual, portanto, não é novidade.

Garras afiadas

 A Rússia mantém 100 mil soldados na fronteira, além de frotas de aviões. Todos estão prontos para o ataque à Ucrânia. Caso ocorra, será a disseminação do vírus da loucura em meio à tragédia do coronavírus. O presidente Vladimir Putin está convicto de que a União Soviética não desapareceu no começo da década de 1990. Quer manter a Ucrânia atrelada, rejeitando a vontade  de aproximação com a União Europeia.

Inoperante

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, a quem cabe mediar situações extremas, mais uma vez fica de braços cruzados. Seus integrantes apenas acompanharam o bate-boca entre representantes da Rússia e dos Estados Unidos. Depois, bocejaram e foram para suas casas.

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