Nem parece estar terminando a semana que antecede a ida às urnas: 1º) a Bolsa de Valores de São Paulo registra altas; 2º) caiu o percentual de desempregados no País; 3º) as contas do governo federal apresentaram superávit primário de R$ 10,95 bilhões em setembro, informou ontem a Secretaria do Tesouro Nacional.

Viram shows

       Os debates entre candidatos tornam-se ataques aos ouvidos e podem passar a ter novo nome: O Óbvio na TV.

       Bate recorde

       O signo da campanha eleitoral resume-se à expressão “Pega na mentira digital”. Palavras e frases viraram instrumentos de trapaças.

       Famosos tubarões

O preço da gasolina vendida nos postos do País está em alta há duas semanas consecutivas, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Isso ocorre apesar do atraso da Petrobras em repassar o aumento do litro no mercado internacional para as refinarias locais. Segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura, a estatal há seis semanas vende a gasolina nas refinarias abaixo do Preço de Paridade de Importação.

 Quer dizer, há intermediários levando vantagem indevida, o que é inadmissível.

       Em duas rodas

A Câmara dos Deputados analisa projeto de criação do Estatuto da Liberdade dos Motoboys. Deixa de exigir qualquer tipo de autorização do poder público para o desempenho da atividade, ao contrário da lei atual, que impõe autorização do órgão de trânsito dos estados. Precisa incluir um artigo, penalizando a minoria que faz tropelias no trânsito.

       Perdeu o senso

       Vladimir Putin invadiu e destruiu a Ucrânia. Ontem, durante encontro com políticos em Moscou, disse que “o Ocidente está praticando um jogo perigoso, sangrento e sujo”. Completou: “Os próximos 10 anos se tornarão os mais perigosos e imprevisíveis.” Conclui-se: é o tempo que pretende reinar. Chegou ao poder em 2000 e quer superar os 31 anos de Joseph Stalin, seu inspirador.

       Frio e medo

       O articulista Thomas Friedman publicou, quarta-feira, no jornal The New York Times:        “Conforme o Exército russo continua a fracassar na Ucrânia, o mundo se preocupa com a possibilidade de Vladimir Putin usar uma arma nuclear tática. Talvez — mas por agora acho que Putin está acionando uma outra arma, uma bomba de petróleo e gás natural que ele está montando bem diante de nossos olhos e com nossa ajuda inadvertida — e ele poderia facilmente detoná-la neste inverno.”

    Aposta na divisão

       Prosseguiu Friedman: “Se Putin o fizer, isso poderia mandar para a estratosfera os preços do óleo de aquecimento das residências e da gasolina. A consequência política, Putin certamente espera, dividirá a aliança ocidental e fará com que muitos países — incluindo os Estados Unidos, onde tanto os republicanos trumpistas quanto os progressistas expressam preocupações a respeito do custo cada vez mais elevado do conflito na Ucrânia – busquem um acordo sujo com o homem no Kremlin, prontamente.

       Hipótese indesejável 

       Concluiu Friedman: “Chega dezembro, e Putin anuncia que está cessando todas as exportações russas de petróleo e gás para os países que apoiam a Ucrânia por 30 ou 60 dias, em vez de se submeter ao teto de preços da União Europeia sobre o petróleo russo. Ele poderia arcar com isso por algum tempo, ainda que curto. Essa seria a bomba de Putin no Natal do Ocidente. Nesse mercado de oferta restrita, o preço do barril do petróleo poderia subir para 200 dólares.”

       Atualmente, o preço do barril é de 92 dólares.

       Para evitar paralisação

O governo enfraquecido da Argentina e os empresários cederam à pressão dos caminhoneiros, após anúncio de greve a partir de segunda-feira. Autorizaram, ontem, o aumento de 107% no valor do transporte de cargas, além de bônus extra de 100 mil pesos a cada profissional.

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