“É próprio de uma cultura politicamente subdesenvolvida eleger fatos secundários como principais, exacerbar situações de superpor camadas emotivas à superfície da racionalidade.” A análise do professor Gaudêncio Torquato a propósito da esperada saída de Zélia Cardoso de Melo, após a desastrada gestão no Ministério da Economia. Hoje, o mesmo enfoque serve para criticar as sucessivas crises geradas pelo Supremo Tribunal Federal.

Variação de 180 graus

Até 15 de agosto, deverá ocorrer o registro das nominatas na Justiça Eleitoral. A partir daí, o clima entre candidatos, nos comitês de muitos partidos, irá das amizades devotadas às hostilidades sem limites.

Tempo se esgota

Terminará a 4 de maio o prazo para que os eleitores realizem a transferência do local de votação e revisão de qualquer informação  do Cadastro.

Depois das trocas

Fechada a janela partidária, o MDB manteve a maior bancada no Senado com 12 integrantes. A segunda é do PSD com 11. Na sequência, PL tem 9; Podemos e União Brasil, com 8 cada; PP e PT com 7 cada; PSDB, 6 e PDT, 4.

Outros interesses

Temendo que o partido criaria personalidade própria, os caciques do MDB no Centro do País nunca entregaram a presidência do diretório nacional a um gaúcho para mandato completo. José Fogaça ficou no cargo de janeiro a abril de 1993. De resto, o comando foi sempre assumido pelos que preferem papéis secundários e de carona na locomotiva de outras siglas.

Rejeitados

Com a reação contrária, calaram-se os empresários que, há poucas semanas, propuseram a volta da CPMF. Fazem parte dos defensores da tese de que a reforma tributária deve ser um mero rearranjo para pagar as contas da União, dos Estados e dos municípios. Esquecem que a sociedade civil é a terceira força ao lado do governo e do mercado.

Na caça aos votos

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou que nove em cada 10 adolescentes de 15 a 17 anos apostam no voto para mudar a sociedade em que vivem. Na faixa entre 18 e 24 anos, quase 20 milhões de eleitores brasileiros irão às urnas a 2 de outubro. Para sensibilizá-los, assessorias de candidatos usam ferramentas poderosas, incluindo Telegram, Instagram, YouTube, Twitter, Facebook e TikTok.

Não enganam

Brasília e seus gastos ilimitados tentam provar ao mundo que somos um país rico. A identificação como Ilha da Fantasia, sustentada pelos tributos de todo o país, define tudo.

Distante do ideal

As agências de regulação têm exercido funções que vão do nível razoável a sofrível. Houve um tempo em que era pior. Empresas estatais, por exemplo, agiam sem fiscalização. Com ausência de competitividade, desrespeitavam os consumidores. Via-se apenas o centralismo decisório e a multiplicação de controles burocráticos puramente formais.

Do arquivo

Em 1860, surgiu o primeiro tributo no país para ajudar a população necessitada. Chamava-se Contribuição para Casas de Caridade e se manteve até 1895. Incidia sobre os navios nacionais e estrangeiros que atracavam em portos brasileiros.

Em nome da pacificação

Faltam cinco meses para o anúncio dos vencedores do Prêmio Nobel da Paz, mas já se pode prever. Irá para o Papa Francisco e o presidente Volodymyr Olexandrovytch Zelensky.

Rigor na aparência

Os personal stylists ressurgem a cada eleição. Contratados por marqueteiros, deixam alguns candidatos em polvorosa. Cuidam desde os vincos acentuados na testa até a combinação de cores do vestuário, não fazendo concessões. Alguns não escaparão do botox. Os que aplicaram em 2020 e concorrem novamente ouvirão: perdeu a validade.

Com retoques

Ganham importância também especialistas no tratamento de imagens por meio dos computadores. Diante da foto do candidato, reparam, avivam e renovam. Em campanhas anteriores, ao verem o resultado, alguns candidatos se surpreenderam, perguntando: “Mas sou eu?”

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