O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, ontem, proposta que garante o direito de se candidatar ao gestor público com contas julgadas irregulares, mas tenha sido punido apenas com multa. Foram 345 favoráveis, 98 contrários e 4 abstenções. Segue para análise do Senado.

 Dão um jeitinho

Atualmente, é inelegível por oito anos o gestor que tiver contas rejeitadas por irregularidade insanável e configure ato doloso de improbidade administrativa por decisão irrecorrível do órgão competente.

Em busca do equilíbrio

O deputado Frederico Antunes, presidente da Comissão de Adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal, realizou na quarta-feira mais uma reunião. Enfatizou que a Lei Complementar 178, aprovada em janeiro deste ano, ainda carece de regulamentação de diversos pontos, como o teto de gastos. Acrescentou que o caminho será a pressão via documento de estados e municípios ao governo federal, pedindo celeridade. Participou como convidado o secretário da Fazenda da Prefeitura do Rio de Janeiro, Pedro Paulo Carvalho Teixeira, que já assinou o contrato de recuperação.

Índice assustador

Nos últimos 12 meses, 59 por cento dos internautas sofreram algum tipo de fraude financeira no Brasil, o que representa aproximadamente 16 milhões e 700 mil lesados. Crescimento de 28 por cento em relação à pesquisa realizada em 2019 pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo Serviço de Proteção ao Crédito em parceria com o Sebrae.

Pronto para detonar

A CPI da Pandemia aprovou, esta semana, a realização de reunião secreta para ouvir Wilson Witzel, ex-governador do Rio de Janeiro. Nesse formato, só os senadores acompanham o depoimento, ninguém mais.

Cassado por corrupção, Witzel não tem nada a perder. Como livre atirador, garantirá, no mínimo, espaço nas manchetes por um ou dois dias.

Intervém com alta precisão

O colunista Cacau Menezes, ontem, no site ndmais.com.br: “O médico Murilo Capela, um dos notáveis de Florianópolis, transmitiu toda a sua decepção em desabafo publicado pela Associação Catarinense de Medicina.” O conteúdo: “A Covid-19 fez e faz coisas. Uma delas é a outorga do título de médico/médica aos políticos de todas as categorias, em todos os níveis. Nunca se falou tanto em ciência, medicina baseada em evidência, em experiência, em vivência, em pandemia e em biologia. Sobre vacinas dão verdadeiras aulas, mostrando conhecimento que a classe médica desconhece. Essa faculdade dispensa o Revalida para os que vêm de fora.”

Mais do mesmo

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, foi nomeado pela Assembleia-Geral de 193 membros para o segundo mandato de cinco anos. Omissa em conflitos graves e nas agressões aos direitos básicos de populações oprimidas por regimes totalitários, a ONU mais se parece com um gigantesco cabidão de empregos.

Que não se repita

Na última semana de junho de 1990, os moradores de Berlim Oriental obtiveram o direito de passar para o lado ocidental da cidade, após 27 anos. O posto militar de vistoria, denominado Checkpoint Charlie, foi finalmente desmontado.

Para visitar Berlim Oriental em 1976, este colunista conheceu a vistoria dos policiais ao estilo violento da Idade Média. Na cidade, viu a população triste e empobrecida.

Medo de perder o controle

O Checkpoint Charlie fazia parte do conjunto construído a partir de agosto de 1961 e que ficou conhecido como Muro de Berlim. Estendia-se por 66 quilômetros e meio de gradeamento metálico, tendo 302 torres de observação, 127 redes metálicas eletrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda.

A queda do Muro de Berlim abriu o caminho para a reunificação alemã, celebrada a 3 de outubro de 1990.

Há 30 anos

Também na última semana de junho, mas de 1991, o projeto sobre desestatização na União Soviética começou a ser discutido pelo Parlamento em Moscou. A linha dura acusava o presidente Mikhail Gorbachev de querer restaurar o capitalismo no país. O documento abria à propriedade privada quase todos os setores da Economia.

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