Vender o verão é fácil: sol, piscina, bronzeado em dia. Não há quem não esbanje um leve sorriso ao lembrar da cerveja gelada na beira da praia. Mas vivenciar o calor, especialmente quando o termômetro passa dos 30º Celsius, desperta tudo menos alegria. Basta conferir exemplos nos EUA e no Canadá, onde locais tradicionalmente frios estão sofrendo com o verão extremo.

As cidades de Portland e Salem, no Oregon, e de Seattle, em Washington, bateram recordes de temperatura nesta segunda-feira (28). A região noroeste dos Estados Unidos, na costa do Pacífico, também enfrenta uma onda de calor que suspendeu muitas atividades para os moradores. Em Salem, capital do estado do Oregon, as temperaturas chegaram a 47,2 graus Celsius, maior número registrado desde o início das medições nos anos 1890. A cidade canadense de Vancouver também registrou a temperatura mais quente de sua história no domingo (27).

O Condado de Multnomah, que inclui Portland, abriu 11 “abrigos de resfriamento” de emergência, a maioria deles em bibliotecas públicas, onde os moradores sem ar condicionado podem escapar do calor escaldante. Os estoques de aparelhos de ar condicionado foram esgotados em Portland, e foi difícil encontrar gelo para comprar.

Além disso, bares e restaurantes foram fechados devido aos riscos impostos aos cozinheiros. Por não estarem habituados ao calor extremo,  os ventiladores de cozinha não aguentaram as altas temperaturas. O Departamento de Parques e Recreação de Portland fechou suas piscinas públicas na segunda-feira após vários salva-vidas apresentarem problemas de saúde causados pelo calor intenso.

O calor é atribuído a uma massa de alta pressão atmosférica sobre a Região Noroeste dos EUA e o Canadá, semelhante às condições que castigaram a Califórnia e os Estados do Sudoeste dos EUA no início do mês.

 

Fotos: Reuters

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