Na noite da última terça-feira (25), às 22h, o Cruzando as Conversas da RDC TV recebeu o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para falar sobre reeleição, pandemia e os programas do Avançar RS.

Apresentado pelo jornalista Renato Martins, o programa vai ao ar de segunda a sexta, nos canais 24 e 524 da ClaroNet, e propõe debates aprofundados sobre temas que impactam a vida da população gaúcha.

Diante do avanço da variante Ômicron no estado, o governador destacou que os próximos 15 dias serão de alto índice de contágio. “Desde novembro que não tínhamos 50 óbitos diários por Covid-19. O momento é preocupante, a gente vinha observando reduções contínuas de internações e agora estamos diante de um recorde de casos registrados. É claro que a Ômicron é aparentemente menos letal, mas, pela alta proporção de contágio, ela começa a repercutir em ocupação de leitos. O estado tem, no geral, 60% de leitos de UTIs ocupados até agora, entre privados e públicos. Temos um comitê de dados muito competente aqui no RS e o que ele nos sugere é que nós devemos estar vivenciando o pico desta onda entre esta semana e as duas próximas”, explicou Eduardo Leite.

Ainda na terça-feira, o Governo do Estado emitiu alertas para as 21 regiões Covid do Sistema 3As de Monitoramento, responsável pelo gerenciamento da pandemia no Rio Grande do Sul. De acordo com o governador, o plano de ação é intensificar a fiscalização da obediência aos protocolos obrigatórios e recomendados em todo o RS.

O futuro de Eduardo Leite

Mesmo declarando que não tentaria a reeleição em de 2022, as pesquisas recentes de intenção de voto apontam Eduardo Leite como favorito caso ele aparecesse nesse cenário. Questionado sobre o assunto, o governador manteve sua posição. “Eu sou publicamente um crítico à reeleição. Não concorri, também, quando prefeito de Pelotas. Mais do que isso, hoje, como governador, eu tenho consciência de que não ser candidato a reeleição declaradamente foi o que me ajudou, durante todo o mandato, a construir um ambiente político mais favorável para aprovação das medidas que a gente apresentou para a assembleia legislativa”, relatou.

“É assim que a política funciona, há desconfianças. O que aconteceria se algumas lideranças políticas percebessem que aquilo que estávamos fazendo nos daria no final do governo mais chance de reeleição? Provavelmente criariam dificuldades políticas na Assembleia para não nos favorecer”, acredita. “Por isso, se eu fosse um candidato a reeleição desde o início do governo, eventualmente teria problemas com a base de apoio.”

Durante a conversa com o apresentador Renato Martins, Eduardo Leite afirmou que pretende manter sua posição de não lançar uma candidatura de reeleição, mas, sim, apoiar alguém que possa dar continuidade aos projetos que estão em andamento, hoje. “Não é sobre o governador, é sobre o projeto que ele representa e eu vou trabalhar para que a gente possa continuar realizando o nosso sob a condução de outra pessoa.”

Na entrevista, o entrevistado citou alguns nomes de possíveis apoios, como o do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, mas ainda não confirmou nada.

Avançar RS

Eduardo Leite fez um balanço de todo seu mandato até o momento e destacou os principais investimentos que serão feitos em 2022. “O programa Avançar RS representa um volume de investimentos históricos no estado. Imagine, você tem um governo que durante anos não tinha capacidade de investimentos e agora tem o maior volume de investimentos da história recente, em estradas, hospitais, escolas, inovação, cultura e etc. Para o pessoal entender, na Segurança Pública, o que vamos investir até o final deste ano é o equivalente a soma dos últimos 13 anos multiplicado por dois.”

Educação

Em sua participação durante o programa, a comentarista da RDC TV Soraia Hanna trouxe, ainda, ao governador, a questão dos desafios enfrentados pela Educação no RS. “O Brasil tem 13,3 milhões de jovens que não trabalham e nem estudam, aqui no RS apesar das diversas tentativas, não se acentuam mudanças significativas na Educação. Outras áreas tiveram muitos avanços notáveis no seu governo, será que é uma questão de investimento e salário ou há necessidade de uma mudança/reformulação no modelo pedagógico?”, indagou.

Segundo Eduardo Leite, o professor que entrava para dar aula no estado, no início do governo de 2019, recebia um salário para 40h R$2.557,00 e agora está a R$4.000,00, sem atrasos e com décimo terceiro em dia. “Com a recuperação da capacidade de investimentos no estado, nós destinamos 1 bilhão e 200 milhões de reais para a Educação. Estamos começando a ver resultado, temos um desempenho que está entre os três melhores do brasil na proficiência, ou seja, o que o estado vê de aprendizado aferido nas provas. O problema é que o fluxo, que é uma certa cultura de reprovação que a gente tem aqui, que nos compromete na nota do Idep”, salientou. “O que eu quero dizer é que não é pra ter uma cultura de aprovar qualquer coisa, mas é que também não adianta achar que a reprovação é boa. Precisamos calibrar isso de forma a termos o melhor desempenho para também não gerar o afastamento do jovem da escola.”

“Criamos, recentemente, o programa Todo Jovem na Escola, que transfere 150/mês a estudantes da rede estadual em situação de vulnerabilidade, como uma forma de tentar manter na escola, especialmente, aqueles que estão no ensino médio. A pandemia acabou exigindo, pela perda de renda, que muitos jovens acabassem deixando a escola em busca de um trabalho. Por isso, investimos mais de 150 milhões nesse programa.

No decorrer do Cruzando as Conversas, o público pode participar do programa através do envio de perguntas pelo WhatsApp.

Confira a entrevista completa na íntegra:

 

Compartilhe essa notícia: