| Lívia Rossa |

O Hospital Parque Belém poderia ser uma opção para auxiliar no combate do novo coronavírus, mas não está sendo utilizado pela Prefeitura de Porto Alegre, afirmou o deputado Dr. Thiago Duarte (DEM), em entrevista ao programa Portal RDC. Segundo Duarte, que tirou fotos durante visita na instituição que está desativada, estariam disponíveis 250 leitos clínicos e mais 25 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), caso houvesse interesse na utilização do espaço.

Duarte diz também que o hospital, se colocado em funcionamento, deveria custar em torno de R$600 mil mensais para a Prefeitura e que não há motivos para não utilizar já que mais de 3 milhões do fundo municipal de saúde foram investidos
em publicidade, enquanto a saúde, que é urgente, fica desasisitida.

Além do Parque Belém, na avaliação do deputado, poderiam ser utilizados o hospital Beneficiência Portuguesa, que possui 150 leitos clínicos e 15 de UTI, e também o hospital Álvaro Alvin, portador de 150 leitos clínicos e 15 de UTI.

Junto de Duarte, um grupo de empresários faz pressão no prefeito Nelson Marchezan em relação às medidas de saúde adotadas. Eles buscam saber onde a prefeitura investiu o aporte do Governo Federal, de R$100 milhões e para onde foram destinados os R$ 64 milhões do Governo Estadual. Outro questionamento apontado pelo grupo é o paradeiro dos 10 milhões cedidos pela Câmara de Vereadores.

É o caso do empresário William Assis, coordenador do grupo apartidário Brasil 200, que acompanhou Duarte durante a ida ao hospital. Ele concorda com o deputado e diz também que, caso os governantes de Porto Alegre adotassem os leitos em questão, não seria necessário tomar medidas drásticas como o fechamento do comércio ou fechamento total (lockdown), que, em sua opinião, “demonstra a falta de planejamento da gestão”, afirma.

Assis diz que o hospital possui toda a estrutura para servir de auxílio em meio à pandemia, embora a construção seja datada da década de 40. A construção foi projetada, inclusive, para internar pacientes com doenças infecciosas. “Certamente o hospital precisa de higienização e reparos, mas obras não seriam necessárias. Seria um bom aliado, principalmente, por estar localizado em uma região afastada da cidade e tem toda a estrutura de ventilação e bom acesso à luz solar”, afirma.

Por meio do deputado Dr. Thiago foi protocolado, segundo William, um pedido à prefeitura que se aproprie do espaço. O movimento Brasil 200 é um dos grupos que realiza, desde a semana passada, protestos pedindo a transparência dos dados públicos. O próximo ato está marcado para a próxima terça-feira.

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