Jura é apontado como líder do tráfico de drogas no Campo da Tuca, Zona Leste de Porto Alegre. Foto: Justiça Federal / Reprodução

Traficante condenado a mais de 50 anos de prisão, Juraci Oliveira da Silva, o Jura, deixou a Penitenciária de Alta segurança de Charqueadas (Pasc) na noite dessa quinta-feira (7), após a 1ª Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre (VEC) conceder a ele a progressão ao regime semiaberto com tornozeleira eletrônica.

Conforme a decisão, que saiu na terça-feira (5), Jura havia progredido de regime no processo de execução penal ainda em novembro, porém permaneceu detido por uma prisão preventiva relacionada a outro processo por tráfico de drogas e organização criminosa – esta prisão preventiva também foi revogada, permitindo sua saída do regime fechado.

Por conta desta decisão, o 19º Batalhão de Polícia Militar, responsável pela Zona Leste da Capital, emitiu alerta de segurança, já que Jura é apontado como chefe do tráfico na região conhecida como Campo da Tuca.

Ana Walter, responsável pela defesa do detento, afirma que “a defesa comemora o reconhecimento de um direito legítimo”. Para manter o benefício, ele precisa cumprir com algumas regras, como horários e trajetos para circular nas ruas.

 

Relembre o caso

Juraci foi preso pela primeira vez em 2003 e, em 2010, chegou a ser detido no Paraguai por homicídio e tráfico de drogas. Em maio de 2016, o juiz Paulo Augusto Oliveira Irion reconheceu que o preso obteve “requisito para progessão de regime” e teve “conduta plenamente satisfatória”.

Jura também foi apontado como responsável por intermediar a morte do ex presidente do Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers), Marco Antônio Becker, em dezembro de 2008, mas acabou sendo absolvido pelo crime, assim como os outros réus, em 2023.

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