Investigados são concursados e recebem salários entre R$ 14 e R$ 31 mil. Foto: Polícia Federal/RS.

Em Porto Alegre, a Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (28), a Operação Hipócrates, que apura os possíveis crimes de peculato, falsidade ideológica ou estelionato contra o Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), praticados por médicos que registram o ponto com a finalidade de iludirem os controles quanto à sua presença no local de trabalho. A Operação Hipócrates teve 42 policiais federais para efetuar o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão em hospitais, clínicas e consultórios em Porto Alegre.

As investigações iniciaram após denúncia anônima de que dez médicos concursados do Hospital Nossa Senhora da Conceição, registrariam o início da jornada de trabalho e sairiam do hospital para outras atividades, principalmente, o atendimento em clínicas particulares e outros hospitais, e retornariam ao final do expediente para registrar o ponto, como se fosse um dia efetivamente trabalhado.

Durante 6 meses a Polícia Federal realizou diligências que confirmaram a prática pelos suspeitos, que são alvos das medidas executadas na manhã de hoje. Com a fraude, além de trazer prejuízos financeiros significativos ao HNSC, que não recebe a prestação do serviço contratado, também causa danos aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), que conta com menos médicos efetivamente trabalhando do que aqueles constantes em seus registros e folha de pagamento.

Compartilhe essa notícia: