Equivocado

O ministro Paulo Guedes é especialista em Economia, mas demonstra conhecer pouco de Política ao afirmar que “se o Plano Real fosse tão extraordinário, o PSDB não teria perdido diversas eleições presidenciais”.

O primeiro erro de Guedes é não saber que o candidato Lula, em julho de 1994, liderava as pesquisas. Fernando Henrique Cardoso só passou à frente em agosto. O motivo também foi apontado: 70 por cento dos eleitores do PT se diziam favoráveis ao Plano Real. Fernando Henrique venceu no 1º turno, o que se repetiu em 1998.

Tucanos não reagiram

Guedes não tomou conhecimento que o PT, a partir de 2000, montou uma estrutura competente para provocar, de forma insistente, o desgaste do governo. José Serra, tímido e acanhado, não era o candidato para enfrentar os rojões na campanha 2002. O mesmo se deu em 2006 com Geraldo Alckmin, mais tímido e acanhado ainda. Em 2010, Serra mostrou que não aprendeu nada com as duas derrotas anteriores do PSDB e perdeu de novo.

Despreparo

Em 2014, o PSDB recorreu ao despreparado Aécio Neves. Em um debate na TV, atacou o governo do PT por ter permitido desvios na Petrobras. Dilma Rousseff ficou furiosa e desafiou o adversário a comprovar. Aécio calou-se porque não tinha dados sobre o que depois ficou comprovado ser verdade.

Missão é outra

O competente ministro da Economia, Paulo Guedes, deve continuar cuidando de sua área em um período de tanta gravidade e risco. Análise política não é o seu forte.

Posições extremas atrapalham

A oscilação dos preços de insumos, equipamentos, medicamentos e testes da Covid-19 tem provocado duas consequências danosas: 1ª) a abertura de inquéritos contra governadores e prefeitos suspeitos da prática de corrupção; 2ª) a suspensão das compras em municípios, cujos administradores não querem se incomodar.

Sem outra saída

Para resolver o impasse, a Confederação Nacional de Municípios encaminhou pedido ao Ministério da Saúde. Quer a regulação por meio de ata nacional de registro de preços, com a definição de valores máximos para cada item.

Vai estudar mais

O presidente Jair Bolsonaro disse ontem que não há data para anúncio do novo ministro da Educação. Segundo assessores, ele reconhece que não poderá errar. Até aqui, as escolhas foram reprovadas. O prejuízo só não é maior porque as aulas estão suspensas.

Jogando para plateia

A maioria dos parlamentares diz que não aceitará o retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras, conhecida como imposto sobre cheques, cogitada pelo ministro Paulo Guedes. Pura conversa. Se o governo pressionar e retribuir com vantagens, aprovarão. Como ocorre desde 13 de julho de 1993, quando foi criada pela primeira vez na forma de Imposto. Depois, houve várias renovações.

Sinal de recuperação

A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou ontem com a cotação de 2,05 por cento positivos e chegando a 99.770 pontos.

Iniciativa necessária

A Assembleia Legislativa aprovou, esta semana, o pedido de direcionamento de 10 milhões de reais de seu orçamento para a perfuração de poços artesianos, microaçudes e redes de água nos municípios que ainda sofrem os efeitos da estiagem. As tratativas foram conduzidas pelo deputado estadual Adolfo Brito.

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