Foto: Joeldson Alves/Agência Brasil

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação de 40 acusados de participação nas invasões ocorridas na sede do Supremo Tribunal Federal (STF), no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto, que aconteceram no dia 8 de janeiro. As acusações somadas podem acarretar em penas que atingem até 30 anos de prisão.

O subprocurador Carlos Frederico Santos, responsável pelas alegações finais enviadas ao Supremo Tribunal Federal, sustenta que o grupo envolvido nas ações deve ser condenado por crimes como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano contra o patrimônio da União. A PGR argumenta que os atos contaram com articulação prévia, sendo convocados por meio de mensagens disseminadas pelas redes sociais.

Presença de CACs entre os manifestantes aumenta a gravidade das acusações

Uma informação relevante destacada pela procuradoria é a presença de CACs (caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo) entre os manifestantes, o que aumenta a gravidade das acusações. O envolvimento desses grupos pode indicar a existência de uma motivação prévia para a realização dos atos violentos.

Além da busca por responsabilização criminal, a PGR estima que os prejuízos causados pelas depredações nas sedes dos Três Poderes totalizam aproximadamente R$ 25 milhões. O valor engloba danos avaliados em R$ 3,5 milhões ao Senado, R$ 1,1 milhão à Câmara dos Deputados, R$ 9 milhões ao Palácio do Planalto e R$ 11,4 milhões ao Supremo Tribunal Federal.

Primeiras ações penais serão julgadas em setembro pelo Supremo Tribunal Federal

As investigações resultaram em 1.290 pessoas se tornando réus no STF. O tribunal planeja julgar as primeiras ações penais relacionadas a esses eventos no próximo mês de setembro.

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