Foto: Jorge Felipe/Polícia Civil

Passo Fundo, Uruguaiana, Barra do Quarai, Santa Maria e Porto Alegre, são as cidades gaúchas na rota da Operação Fim da Linha, da Polícia Civil, que acontece, também em outros 22 estados. A ação tem como alvo uma quadrilha suspeita de lavar dinheiro de facções criminosas com atuação no Rio Grande do Sul e em nível nacional.

A operação tem o cumprimento de 403 mandados de busca e apreensão, quatro prisões preventivas, busca e apreensão de 187 veículos, sete embarcações e nove aeronaves. As buscas estão sendo realizadas em 113 municípios de 23 Estados da federação. Ainda, outros 86 veículos com situação de gravame e indisponibilidade, bloqueio de contas bancárias de 188 investigados (pessoas física/jurídicas) e 42 imóveis (TO, RJ, RS, RN, PR, MS, GO) com gravame e indisponibilidade.

Com exceção dos imóveis, os demais bens apreendidos/indisponíveis estão avaliados em aproximadamente 43 milhões de reais.

As investigações começaram no ano de 2021, visando desmantelar organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas, contrabando de cigarros e armas em diversas regiões do Estado do Rio Grande do sul.

Segundo o delegado Diogo Ferreira, titular da Draco de Passo Fundo, no decorrer das investigações da Operação Fim da Linha, diversas ramificações desta organização criminosa foram identificadas, sendo possível comprovar que muitos criminosos comandavam o comércio ilícito de drogas de dentro do sistema prisional, com vinculação, num primeiro momento, a duas das facções criminosas do país.

A investigação apurou farto conteúdo relacionado ao tráfico de drogas, compra e venda de armas de fogo, contrabando de cigarros e inúmeras operações bancárias, transferências de dinheiro, depósitos, PIX e números de contas bancárias tanto de pessoas físicas, como de pessoas jurídicas, algumas criadas exclusivamente para “lavar o dinheiro” das organizações criminosas.

Parte destas contas bancárias e empresas especializadas em lavar dinheiro eram as mesmas, que já haviam sido investigadas por delitos semelhantes vinculados às operações da maior organização criminosa transnacional com sede no Brasil, porém, em atividade em diversos países.

No decorrer da apuração, foi verificada a existência de vários “laranjas” de alto escalão, responsáveis por fornecer suas contas bancárias para o recebimento e repasse dos valores advindos do tráfico para outros escalões da organização.

A investigação apurou que um dos envolvidos movimentou mais de R$ 6 milhões em poucos meses. Outro, chegou a superar os R$ 36 milhões e um empresa fantasma movimentou em poucos meses o montante de R$ 94 milhões. Ainda, foi verificado no curso da investigação mais de 2 bilhões de reais em movimentações suspeitas.

A ação contou com o apoio logístico e operacional da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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