| Valter Nagelstein |

Num dos momentos mais graves da vida nacional, a politicagem substitui a política – e só o que se pensa é desgastar Bolsonaro. Uma CPI criada com um propósito único e declarado e que coloca como “magistrados” inimigos políticos,  pessoas cuja trajetória conhecida não autorizaria a serem juízes da vida de ninguém.

Muitas vezes não sabemos se o que acontece na política do Brasil se assemelha mais a um hospício ou a um circo. Assim, alguém já disse que depende do que se escolhe: se pusermos um muro em volta é hospício e se pusermos uma lona em cima é circo.

Essa definição jocosa cabe muito bem para este momento. Em meio a pior pandemia desde 100 anos, a tal CPI tem um presidente cuja família toda foi presa pela Polícia Federal, um vice-presidente que integra um partido de extrema esquerda, inimigo visceral do presidente e amante, por outro lado, dos últimos regimes comunistas, anacrônicos e totalitários que ainda subsistem em meia dúzia de países no mundo. Pra coroar, tem como relator uma das figuras mais abjetas do velho patrimonialismo brasileiro. São esses, os velhos interesses, mais uma vez conspirando contra o Brasil.

Bilhões foram liberados pelo governo federal para estados e municípios, ao mesmo tempo que o STF (talvez hoje o maior partido de oposição no Brasil) maneou o governo do presidente. Narrativas foram criadas, repetidas à exaustão, a maior delas o adjetivo “genocida”. Além de não saberem o que é genocídio, esse mantra é igual ao anterior aquele que repetia “golpista” a torto e a direto.

Por fim, colocando gasolina no fogo, tocando terror no parquinho, a grande mídia, representada pela Globo e Folha, numa coisa que mistura jornalismo “gauche” com sede por verbas publicitárias perdidas.

Pra mim isso tudo é uma vergonha. Atrasos em vacinação até a desenvolvida Europa está tendo. Mortes infelizmente todos também. Teses como as de lockdown, como esquerda mostrava como exemplo a Argentina, caem por terra a cada dia.

Uma pandemia que deveria ter servido pra aumentar a solidariedade, a empatia e a humildade diante de um inimigo comum, o vírus, ao contrário, tem servido pra expor o que de pior as sociedades podem ter.

É uma vergonha!

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