No dia 30 de julho de 2008, Andrés D’Alessandro pisava no Beira-Rio oficialmente como o novo reforço do Internacional. Foi na partida diante o Santos, naquela noite, que o maior reforço daquele ano teve seu nome cantado pela primeira vez por uma multidão de colorados nas arquibancadas. De lá pra cá, foram 517 jogos em suas duas passagens pelo Inter, conquistando 13 títulos e se tornando um dos maiores ídolos da história do clube.

4884 dias depois, o argentino é apresentado novamente como reforço do Internacional. Aos 40 anos de idade, o jogador, que atuou durante 12 anos no clube, volta para se aposentar, em contrato de 4 meses, até o final do Campeonato Gaúcho. “Eu não voltei ao Inter pelo que ganhei, voltei porque a diretoria o treinador e grupo de jogadores está convencido que eu possa contribuir com eles, seja fora ou dentro de campo”, ressaltou o camisa 10.

O retorno de D’Ale é oportuno para as ações de marketing do clube, como venda de camisetas, produtos licenciados, mas também é visto como um jogador mobilizado, que pode movimentar o público em todas as partidas que for atuar na capital e no interior do estado. “Não vou ficar escolhendo viagens. Se eu não estiver relacionado, vou pedir para ir, eu preciso me despedir do torcedor”, deixou claro.

No retorno, o gringo, que adotou a cidadania brasileira, se reencontra com Taison, seu colega de quarto nas concentrações em 2008, foram duas temporadas atuando juntos, até o brasileiro ser vendido para o futebol ucraniano em 2010. 12 anos depois, a dupla se reencontra para a última temporada de D’Alessandro. “Taison é um amigo, como atleta dispensa comentários, mas dispensa mais comentários como pessoa. A gente tem uma amizade muito grande, ele vai ter que me ajudar”, comentou.

Com um novo treinador, D’Ale tem um objetivo: trabalhar e estar a disposição de Cacique Medina, caso o treinador precise. “Conversei com Medina. São os meus últimos quatro meses de futebol. Se o Medina precisar de mim, dentro ou fora do campo, eu estarei à disposição”, frisou.

Muito emocionado, D’Alessandro citou sua família, suas origens e a luta diária para ser um atleta profissional. Após os quatro meses, o ídolo colorada garantiu que irá se aposentar, e aproveitar um tempo com a família. “A família para mim é tudo, não há nada mais importante. se eu estou aqui hoje, é por causa deles”.

Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional

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