Júlio Cesar, imperador romano, vítima de uma conspiração, foi assassinado no Senado de Roma com vinte e três facadas. Conta a história que quem lhe desferiu o ultimo golpe, Brutus, era um dos seus prediletos e que tamanha foi a vergonha em ver-se traído por alguém que julgava que nunca lhe trairia, que já ferido de morte cobriu César o rosto com a sua túnica.

O atual Presidente da República Federativa do Brasil, como qualquer detentor de poder, vê-se também envolto em intrigas, conspirações e traições, e facada. Essas tragédias Scheakesperianas são tragédias humanas. Mas além disso, além de por outro lado eventuais limitações que o Presidente tenha, além do seu ímpeto pelo confronto, além de antipatias ou aversões que pessoas possam nutrir pelo mandatário, no caso nosso é a segunda vez na história do Brasil que um presidente ou postulante à presidência é vítima de um atentado, ambos à faca.

Em 1894, Prudente de Moraes, foi atacado numa parada militar quando os soldados voltavam da Guerra de Canudos. Acabou morrendo em seu lugar o então Ministro da Guerra. No caso do atual Presidente, nem mandatário era ainda, sendo vítima na campanha eleitoral e por detalhe não perdeu a vida.

Há um ódio nutrido contra o Presidente – e suas posições políticas que a razão nem os fatos justificam. Acusam-no de arbítrio mas paradoxalmente a violência veio dos que se auto atribuem a posição de democratas, de defensores da tolerância e do respeito. O atentado tentou tirar vida com forma de impedir que chegasse ao poder. Não conseguiram. “- Foi Deus” disse o Presidente.

Observo ainda que um sistema conspirou até hoje para proteger o assassino. Aplicada a este uma “medida de segurança” foi internado em manicômio e estranhamente e inexplicavelmente seus sigilos bancário e telefônico nunca foram abertos. Adélio é o nome dele.

A cada dia há uma nova crise é gestada e parida na República brasileira. Talvez somente Getúlio Vargas tenha sofrido um processo persecutório igual ao que sofre Bolsonaro. Getúlio suicidou-se.

A cada crise criada enxergo eu um atentado ao Presidente, uma nova “facada de Adélio”, seja pelos microfones de alguns, pelos teclados de outros, pelos jornais e revistas de muitos. E vai sobrevivendo o Presidente, não é mais o mesmo, perde um pouco de sangue, perde um pouco de prestígio, perde a paciência, ou seja, vai perdendo tudo. Este é o propósito, fazê-lo sucumbir, a facada de Adélio não cessa.

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