Coronel Luigi defende uma gestão baseada em resultados que possam ser medidos. Foto: Brigada Militar/Divulgação

“Quando a sociedade vê um policial na rua, existe toda uma estrutura para que ele esteja ali, treinado, preparado, armado, com um equipamento de proteção pessoal, com seus direitos garantidos”. A preocupação com o bem-estar do policial militar é uma das principais características do coronel Luigi Gustavo Soares Pereira, que amanhã (17) assumirá o comando do Estado-Maior da Brigada Militar. Ele substituirá o coronel Rogério Stumpf Pereira Junior, que irá para a reserva após três décadas de serviço.

Já com planos para a nova função, o coronel Luigi destaca que seu trabalho dará continuidade ao que é realizado hoje. “A Brigada Militar não para e reinicia, somos a sequência de um comando em 185 anos, somos uma atividade de Estado, estamos inseridos dentro do conjunto da comunidade”, analisa, destacando a relação de “amizade, proximidade e confiança” com o comandante-geral, Cláudio Feoli, e com o subcomandante, Douglas Soares.

Seguindo uma tendência que vê no governo gaúcho, o oficial planeja uma gestão focada em dados que possam ser medidos. “Vivemos em uma fase da administração do Estado que tem a característica do resultado e eu também tenho esta linha. Nossa gestão deve ser focada em resultados. A gestão pública tem que ter objetivos traçados e metas que possam ser mensuradas”, projeta.

O militar defende também que a qualidade do serviço prestado pela instituição passa, necessariamente, pelo cuidado com os servidores. “Se tivermos atenção ao homem e à mulher profissional de polícia, o resultado sempre será positivo. A qualidade de vida e de condições de trabalho do policial tem reflexo na sociedade”, argumenta.

Aos 48 anos, Luigi tem uma vida ligada à Brigada Militar desde cedo, tendo estudado no Colégio Tiradentes. Na verdade, a instituição faz parte da história da sua família, seu bisavô falecido em 1976, o subtenente Castro foi o primeiro de sua árvore genealógica a vestir a farda brigadiana.

Em sua carreira, o novo Chefe do Estado Maior passou por diversas áreas importantes da segurança pública, dentro e fora da Brigada Militar. Após se formar na academia, atuou em Caxias do Sul, no Batalhão de Operações Especiais em Porto Alegre, nas Patrulhas Especiais (Patres) do Batalhão de Choque, comandou o Esquadrão de Explosivos do antigo Grupo de Operações Tática (Gate), chefiou a inteligência da Brigada Militar e dirigiu o departamento de Ensino.

Fora da instituição, foi subdiretor da Força Nacional, tendo atuado em quase todos os estados brasileiros. “Só não trabalhei em São Paulo”, lembra.

A passagem de comando está marcada para a manhã da próxima sexta-feira, às 10h, na sede do Comando-Geral da Brigada Militar em Porto Alegre.

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