| Lívia Rossa |

Bom humor e visão empreendedora definem o fundador das lojas Lebes, Otelio Drebes. Passando os oitenta anos, mas “com alma de menino”, como o próprio empresário gosta de definir, Debres transformou a paixão pelas vendas em negócio e, hoje, soma mais de 160 lojas em rede de varejo que atua tanto no Rio Grande do Sul, quanto em Santa Catarina.

A visão infantil, de brincar de vender, deu gosto à arte de negociar. Em entrevista ao programa Portal RDC, na última sexta-feira (28), Otelio Drebes exemplificou o início da trajetória com as brincadeiras que já arriscava desde os seis anos. Morador de Picada Delfina, cidade no interior do município de Estrela, o então menino caminhava quatro quilômetros para vender na vila de Bom Retiro, na época, cidade pertencente ao município de Taquari.

“Eu era agricultor, mas aos seis anos de idade, já gostava de ganhar dinheiro. Eu tinha um negócio de vender rapadura com a minha mãe que eu pagava ‘1 reis’ para ela e vendia por ‘1,20 reis’, rendendo um bom lucro. Depois da minha iniciativa, apareceu concorrência, um amigo meu vendendo rapadura por ‘1 reis’. Assim, pensei que precisava ser diferente e criei um produto diferenciado para poder continuar cobrando mais do que ele”, afirmou.

Assim, Otelio passou a distribuir pedaços da rapadura modificada para os clientes. Segundo o empresário, a iniciativa rendeu bons elogios. “Que rapadura boa”, eles diziam, lembrou Otelio Drebes. Os compradores, no entanto, comparavam o valor com o amigo concorrente. Otelio, demonstrando visão desde pequeno, reiterou “Esse é um produto diferenciado”. Era o início de um hábito que viraria propósito de vida.

Mais tarde, já aos treze anos, Otelio Drebes passou a comercializar produtos via navegação. Navegava da cidade de Bom Retiro, onde comprava a mercadoria, até a cidade de Charqueadas, onde vendia os itens.

“Ali que eu comecei. Levava linguiça, salame, charque e chimia que eu mesma fazia. Lá, eu vendia. Como eu comprava por um preço e vendia por outro, eu tinha lucro. A partir daquele momento e comecei a guardar dinheiro em uma caixinha amarela”, lembrou.

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