| Alice Ros |

 

O presidente Jair Bolsonaro nomeou o professor Carlos André Bulhões Mendes como reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para a gestão 2020/2024. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira (16).

A cerimônia de posse está prevista para ocorrer em 21 de setembro. Na semana passada, o deputado federal Bibo Nunes antecipou a escolha após participar de uma reunião com o Ministério da Educação (MEC).

Carlos Bulhões ficou em terceiro lugar na consulta à comunidade acadêmica, junto com Patrícia Helena Lucas Pranke. Realizada em 14 de julho, a avaliação contou com o voto virtual de professores, técnicos-administrativos e estudantes. Os atuais reitor e vice-reitora da universidade, Rui Oppermann e Jane Tutikian, venceram o pleito. Em segundo lugar, ficaram Karla Maria Müller e Cláudia Wasserman.

Em lista enviada ao presidente Jair Bolsonaro, Bulhões estava entre os candidatos indicados ao cargo. Segundo o presidente do Sindicato Intermunicipal dos Professores de Instituições Federais de Ensino Superior do Rio Grande Do Sul (ADUFRGS), Lúcio Vieira, a nomeação é injusta, pois desconsidera a regra sucessória prevista no Conselho Universitário (Consun).

“A legislação normativa da escolha dos reitores em universidades federais estabelece a constituição de uma lista tríplice, podendo ser antecedida por uma consulta à comunidade. O professor Carlos Bulhões ficou em último lugar na consulta. Ele não obteve vitória em nenhum dos segmentos, nem para alunos, professores e técnicos”, indicou Vieira em entrevista ao Portal RDC (16)

“Essa nomeação decepciona, embora não surpreenda. Este governo tem pautado suas ações desde que assumiu em escolher as universidades públicas como inimigas”, disse o presidente da ADUFRGS.

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