O aumento do preço de combustíveis já começou a impactar o bolso dos motoristas da capital. Em um dos postos consultados pela nossa reportagem, a média do preço na bomba foi de R$ 5,49 para a gasolina comum, R$ 4,98 no etanol e, R$ 5,90 o diesel. Os novos valores são resultado da reoneração sobre os combustíveis, após uma política de isenção de impostos nos últimos nove meses. Na esteira do aumento do combustíveis, a Petrobras anunciou nesta terça uma redução de 3,93% no preço médio da gasolina, e de 1,95% no preço do diesel.
A redução do valor cobrado pela estatal, para amenizar o preço final ao consumidor, é alicerçada em uma reserva financeira criada pela companhia que estava praticando preços superiores à média internacional. Já a manutenção da arrecadação de R$ 28,88 bilhões prevista até o fim do ano, o Governo Federal projeta a elevação do Imposto de Exportação sobre petróleo cru em 9,2% por quatro meses, para obter até R$ 6,6 bilhões.
Segundo a economista do Fecomércio Patrícia Palermo, a volta dos impostos federais gera uma promoção de equilíbrio fiscal, propiciando um aumento das receitas do governo e consequentemente a redução dos gastos públicos, assim diminuindo a inflação e taxa de juros a longo prazo.
O retorno da cobrança de impostos estaduais foi anunciado na última terça-feira, pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad. A reoneração parcial ocorre por meio de Medida Provisória com validade até o fim de junho. Após essa data, a desoneração dependerá do resultado da votação no Congresso. Caso os parlamentares não aprovem a MP, as alíquotas voltarão aos níveis do ano passado, com reoneração total.