| Alice Ros |

Equipes de segurança pública de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná estão mobilizadas após o assalto com explosivos em uma agência do Banco do Brasil em Criciúma, Santa Catarina (SC). A ação ocorreu entre a noite de segunda-feira (30) e a madrugada desta terça-feira (01).

A Brigada Militar do Rio Grande do Sul enviou 200 policiais militares do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) e dos Comandos Regionais da Serra, Litoral e Rodoviário para a região. Em nota, a BM  informou que “o Batalhão de Operações Especiais (BOPE), agentes da Inteligência e Batalhão de Aviação da Brigada Miliar (BAvBM) apoiam diretamente as tropas da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) e mais forças de segurança, dentro do planejamento em conjunto que está sendo realizado para restabelecer a segurança, coibir novas ações, capturar os criminosos e reprimir qualquer tentativa de fuga para o Rio Grande do Sul”.

Em Santa Catarina, Polícia Militar, Batalhão de Polícia de Choque, Batalhão de Operações Policiais Especiais, Batalhão de Aviação, Canil e Polícia Militar Rodoviária Estadual estão presentes na operação. “A Polícia Militar está empenhada em uma grande operação organizada, para uma pronta resposta nas buscas desses criminosos”, afirmou a instituição em nota oficial. 

O Instituto Geral de Perícias de SC também enviou equipes para Criciúma, incluindo perito criminal, perito criminal bioquímico, papiloscopistas e agentes de perícia.  

Segundo informações do delegado da Polícia Civil responsável pela investigação, Ulisses Gabriel, o ataque teve início pouco antes da meia-noite, quando os primeiros disparos contra o 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foram efetuados. De acordo com a polícia, um policial militar foi alvejado e um refém foi agredido. O policial passa por uma cirurgia e o refém está bem. 

Um caminhão também foi incendiado para impedir o deslocamento na área. Por conta do incêndio, policiais tiveram que percorrer dois quilômetros a pé para chegar à agência, no Centro da cidade, onde está a tesouraria regional do banco. 

Mais de 30 homens com armas de grosso calibre participaram da ação. Cerca de 30 quilos de explosivos não detonados foram deixados no local. Durante o assalto, seis trabalhadores do Departamento de Trânsito e Transporte (DTT) de Criciúma foram feitos de reféns. “Eles foram colocados sem camisa na faixa de pedestre”, detalhou o delegado. Segundo a prefeitura, três deles foram obrigados a carregar os malotes de dinheiro do banco até os veículos usados no crime.

Secretaria Nacional de Segurança Pública, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal prestam apoio à operação. 

Na manhã desta terça-feira, a polícia encontrou dez carros queimados e abandonados, usados pelos criminosos. A PM contabiliza, até o momento, R$ 810 mil recolhidos. O Banco do Brasil informou que não há previsão de reabertura da unidade atacada.

Foto: Caio Marcello/Estadão Conteúdo

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