| Lívia Rossa |

Uma das categorias mais afetadas pelas medidas de prevenção contra o Covid-19 impostas pelo governador Eduardo Leite é a de bares e restaurantes. Já são 60 dias de portas fechadas, completados na próxima quinta-feira (21), como prevenção à aglomeração social e à transmissão da doença no Estado. A medida é consequência do decreto 20.506 publicada em março. Representantes da categoria, no entanto, pedem para que as atividades sejam liberadas com 50% da capacidade, respeitando medidas de higiene e segurança, a fim de que não haja encerramento em massa das operações.

Segundo a Presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) Maria Fernanda Tartoni, a situação para os estabelecimentos é grave. De acordo com ela, muitos comerciantes estão optando por serviços de tele-entrega ou retirada de pedidos no local, mas o atendimento não é o suficiente para suprir os custos totais.

“Fizemos uma pesquisa e muitos estão pensando em encerrar as operações se não conseguirmos voltar a atuar num patamar razoável. Conforme com os entrevistados, 44% das pessoas têm intenção de fechar”, afirma a diretora.

Para o dono do restaurante Barranco, estabelecimento tradicional e ponto que atrai muitos turistas em Porto Alegre, deveria ser liberada a abertura gradual respeitando os cuidados como distanciamento social e capacidade reduzida à metade. De acordo com ele, restaurantes e bares já estão acostumados a lidar com cuidados relacionados à higiene como controle de qualidade e fiscalização no recebimento da comida e poderiam, facilmente, se adaptar a uma realidade de redução no número de pessoas atendidas.

“Vemos hoje muitos supermercados funcionando e sem os devidos cuidados de distanciamento social. Queríamos que o governador liberasse a abertura de nossos estabelecimentos com 50% da capacidade de forma que pudesse ser um ambiente seguro para os clientes”, diz.

Créditos Imagem: Luciano Lanes / PMPA/ Divulgação

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