A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou, em nota, que pretende iniciar a vacinação contra Covid-19 ainda em Janeiro. No sábado (02), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a importação de dois milhões de doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca, que será fabricado e distribuído no Brasil pela Fiocruz.

O pedido assegura que as vacinas já finalizadas cheguem ao Brasil ainda neste mês. A importação foi classificada como excepcional, já que a vacina ainda não foi aprovada para uso no Brasil. Ao chegar ao país, as doses importadas não poderão ser aplicadas imediatamente.

As primeiras vacinas serão importadas da Índia, um dos locais de produção da AstraZeneca. As demais serão produzidas pela própria fundação brasileira após a chegada do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), também prevista para janeiro.

“A estratégia é contribuir com o início da vacinação, ainda em janeiro, com as doses importadas, de acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, e, ao mesmo tempo, dar início à produção, conforme cronograma já amplamente divulgado”, informou a Fiocruz. O pedido de registro definitivo da vacina deve ocorrer em 15 de janeiro.

A Fiocruz entregará 110,4 milhões de doses até julho de 2021. A primeira entrega ocorrerá na semana de 8 a 12 de fevereiro. “Com a incorporação da tecnologia concluída, a Fiocruz terá a capacidade de produzir mais 110 milhões ao longo do segundo semestre de 2021”, acrescentou a fundação.

Insumos

A Secretaria de Comércio Exterior publicou uma portaria proibindo a exportação de seringas, mesmo com agulhas, de 3ml, e outras agulhas que possuam as seguintes dimensões: 22G x 1”, 23G x 1” e 24G x ¾ após o dia 1º de janeiro deste ano. A exportação só poderá ser feita mediante uma licença especial.

Recentemente, o governo federal questionou empresas sobre o risco de desabastecimento de seringas. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) quer analisar se haverá risco de desabastecimento e consequente falta de acesso aos produtos, bem como a possibilidade de reajuste nos preços pelo aumento na procura. O Ministério da Saúde informou em nota que realizou pregão para compra de seringas e agulhas dentro do trâmite legal. Após a fase de recursos, a previsão é que os contratos sejam assinados ainda em janeiro.

Foto: CHROMORANGE/Mathias Stolt

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