Estamos as vésperas do dia 14 de julho, data que marca a queda da Bastilha, e que se constitui no dia nacional da França. A Bastilha era uma prisão que havia em Paris, cuja a invasão e a tomada pelo povo marcou o inicio da revolução francesa. Esta revolução foi um divisor de águas na história do ocidente e marca no caso da Europa continental, o inicio do fim do absolutismo e de muitos regimes monárquicos.
A Revolução Francesa durou 10 anos e muitos a conhecem pelas execuções públicas da guilhotina, mas ela vai muito além disso. Fruto da Revolução Francesa é o próprio conceito de cidadão. Ao fim da Revolução Francesa ascende ao poder na França Napoleão Bonaparte. Ao longo desse período, que compreendeu também o chamado período do terror ( o das execuções), foi instituída a Assembleia Nacional. Nesta, quem ficava à direita eram chamados Girondinos – moderados que propunham uma “concertação” com o antigo regime. Os Jacobinos ficavam à esquerda e eram a ala mais radical da revolução, que inflamava as massas, que levaran ao período de terror e que pela própria violência se auto consumiu, eliminando os seus líderes. Daí vem a moderna concepção de direita e esquerda, ou seja, a esquerda fica os revolucionários, os que botaram abaixo toda a realidade política e social anterior.
Do outro lado do canal da mancha e como resposta ao período revolucionário francês, nasceu o conservadorismo britânico. A Inglaterra já havia dado passos importantes no desenvolvimento do estado moderno e da política, a partir da Carta Magna, da criação do Habeas Corpus e da modulação dos poderes reais, conservando a realeza.

Curiosamente, é na própria Inglaterra 100 anos depois, que um filósofo chamado Karl Marx, observando as agruras dos trabalhadores na Revolução Industrial que nasce a tese filosófica que hoje cristalizada o que compreendemos atualmente por esquerda.
Hoje, século XXI, a grosso modo, compreende-se que está na esquerda quem é revolucionário, ou seja, quem deseja romper os padrões da sociedade atual, construída principalmente nos marcos do capitalismo. Por outro lado, entende-se por direita o próprio capitalismo, e neste espectro ideologias como liberalismo e o conservadorismo.
Mais recentemente, as ideias revolucionárias assumem uma outra roupagem, especialmente após 1968, dando início as políticas identitárias e a criação de “coletivos” que querem romper padrões e consensos do que chamam sociedade de consumo.
Individualismo versus coletivismo, manutenção versos revolução continuam sendo forças que movem e disputam corações e mentes.

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