| Alice Ros |
A Defensoria Civil do Rio Grande do Sul acredita que os efeitos da estiagem podem ser ainda mais agressivos em 2021. Decorrente do fenômeno La Niña, a previsão é que o problema persista nas regiões Norte e Nordeste do Estado.
Segundo Leandro Estabel, chefe da Divisão de Convênios da Defesa Civil do RS, 99 municípios gaúchos já declararam situação de emergência. “Destes 99, 45 já foram homologados pelo Estado e 41 já foram reconhecidos pela União” afirmou, em entrevista concedida ao Portal RDC (09).
“O prognóstico para os próximos meses é de chuva abaixo da média. Nós temos uma situação de que é bem possível que tenhamos uma estiagem bem mais severa do que o ano passado por causa disso”, disse. “Atualmente, como nós estamos percebendo, as regiões Norte e Nordeste estão sendo as mais afetadas até o momento”, completou o chefe da Divisão de Convênios da Defesa Civil.
A Defesa Civil realizou uma parceria com a Secretaria de Comunicação do Estado para produzir campanhas publicitárias para conscientização do racionamento de água e energia elétrica. As peças serão veiculadas em rádios do interior.
A Secretaria de Obras e Habitação também atua junto com a Defesa Civil para viabilizar a abertura de poços artesianos nos locais mais afetados. “Trabalhamos em conjunto com a Secretaria de Obras e Habilitação no sentido de que seja possível a abertura de poços artesianos nas localidade”, explicou Estabel. A ação estima possibilitar a instalação de micro filtros nas regiões para alimentar animais.
“A estiagem foi severa entre os meses de dezembro de 2019 até maio, junho de 2020. Tivemos um inverno onde as chuvas não foram regulares. As chuvas foram normais em relação à média do Estado, mas não foram regulares”, ressaltou.
O primeiro município a decretar situação de emergência foi Chuvisca, em dezembro de 2019. Em comparativo com o ano passado, nesta mesma data, nenhum município havia registrado estiagem.