| Yasmin Luz |

Com caixas de som, apitos e palavras de ordem, empresários protestaram na tarde desta terça-feira (14),  na frente da Prefeitura de Porto Alegre contra a paralisação do comércio, que está de portas fechadas para prevenir a proliferação da pandemia. Eles cobram da prefeitura um plano de retomada do comércio e a reabertura das lojas.
O último decreto Municipal prevê que apenas serviços essenciais abram na Capital.

Em entrevista à RDCTV, o vice-prefeito de Porto Alegre, Gustavo Paim, afirmou que se não houver organização a cidade vai sofrer: “se a gente não organizar a gente vai ter um caos econômico e na saúde”. Os manifestantes também seguravam cartazes. Entre eles os dizeres “Vidas importam e trabalho também”, “qualquer trabalho que coloque pão na mesa é essencial” e um com uma foto do prefeito Nelson Marchezan Jr escrito “exterminador de empregos”.
Na madrugada da última segunda-feira (6), foi publicado o decreto 20.639 que prevê o fechamento por 15 dias de salões de beleza, academias e Mercado Público, além de proibição para estacionar na Área Azul, interdição de parques, como a Orla do Guaíba.

Confira as regras impostas pela Prefeitura:
Mercado Público e Mercado Bom Fim – Determinado o fechamento, sendo permitido apenas o sistema de delivery (tele-entrega); fica permitido para os estabelecimentos do ramo de alimentação com acesso externo o funcionamento também pelo sistema pague e leve (take away). Fica permitido o funcionamento das lotéricas com acesso externo e um cliente para cada atendente.

Super e hipermercados – Controle de acesso na entrada, lotação máxima de 50% do estabelecimento e do estacionamento, além de recomendação para que apenas uma pessoa por família acesse o estabelecimento.
Academias – Proibido funcionamento, inclusive em shopping, condomínios e clubes sociais, salvo apenas para treinamento físico de atletas profissionais contratados.

Comércio e serviços – Somente estão autorizados a funcionar o comércio e os serviços considerados essenciais e os expressamente permitidos pelo art. 13 do decreto 20.625. Ficam fechados salões de beleza e barbearias, comércio e serviço de chips e aparelhos telefônicos e comércio de veículos.

Ferragens e comércio de materiais de construção – Podem abrir com equipes reduzidas e com restrição do número de clientes, na proporção de um cliente para cada atendente, sendo vedada a formação de filas, internas e externas, e a aglomeração de pessoas.

Missas e cultos – Atividade só pode acontecer por meio de captação audiovisual, com o ingresso no estabelecimento apenas da equipe técnica.

Parques e praças – Está vedado o acesso ao público do parques Moacyr Scliar, Chico Mendes, Germânia, Gabriel Knijnik e Maurício Sirotsky Sobrinho (Harmonia). O comércio de ambulantes em parques e praças também fica proibido.

Estacionamentos públicos – Estão fechados desde o último sábado os bolsões e estacionamentos públicos. Quem transpor os bloqueios será multado R$ 195,23 e terá cinco pontos acrescidos na Carteira Nacional de Habilitação.

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